A redução de atiradores na primeira contagem do Campeonato Regional disputado na cidade do Lubango, no último fim-de-semana, é a prova mais recente. A constatação é de Paulo Silva, atleta do 1º de Agosto.

Em declarações ao Jornal de Angola, o atirador angolano com presenças nos Jogos Olímpicos de Atlanta'1996, Sidney'2000, Pequim'2008 e Rio'2016 disse que "a pandemia da Covid-19 afectou o poder económico de muita gente e os atletas do tiro desportivo não estão isentos”.

"É um desporto que se pratica ao ar livre e com distanciamento, mas somos obrigados a usar a máscara. Não está fácil fazer parte das competições por ser uma modalidade com custos onerosos”, disse.

Paulo Silva manifestou satisfação com a adesão de atiradores provenientes de outras províncias para a disputa do evento organizado pelo Clube de Tiro e Pesca do Lubango. Contudo, augura a mesma disposição e dedicação dos colegas nas provas subsequentes.

Além dos da Huíla, os atiradores de Benguela e de Luanda também consideram o momento "difícil” para o tiro desportivo, ante o actual contexto da Covid-19. Emerson Gomes, atleta do 1º de Agosto, disse que "a nova realidade é complicada”.
"É muito complicado disputar as provas, porque temos de estar com as máscaras faciais. A situação é nova e temos de aceitá-la e cuidar-nos”, disse.

Emerson promete efectuar boa preparação para voltar a ocupar um lugar no pódio, desta vez, na segunda contagem a realizar-se em Maio, na cidade de Benguela. A competição contempla nove provas. Recorde-se que Jorge Perestrelo, do 1º de Agosto, foi o vencedor da primeira contagem do Regional Sul.