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A directora regional para África da Organização Mundial de Saúde (OMS), Matshidiso Moeti, alertou hoje para o risco de África ficar para trás no acesso às vacinas, criticando a acumulação de doses nos países ricos.
"Nós primeiro, não eu primeiro, é a única forma de acabar com a pandemia. A acumulação de vacinas apenas prolongará a provação e atrasará a recuperação de África", disse Matshidiso Moeti. " É profundamente injusto que os africanos mais vulneráveis sejam forçados a esperar por vacinas enquanto os grupos de menor risco nos países ricos são imunizados", acrescentou.
A directora regional para África da OMS falava hoje, a partir de Brazzaville, República do Congo, na habitual conferência de imprensa semanal sobre a pandemia no continente africano. Para a responsável, "os trabalhadores da saúde e as pessoas vulneráveis em África necessitam de acesso urgente a vacinas Covid-19 seguras e eficazes".
As autoridades africanas temem que o continente seja deixado para trás no acesso às vacinas, à medida que outras regiões fazem acordos bilaterais, provocando um aumento dos preços. Segundo dados da OMS, desde o início desta semana, foram administradas 40 milhões de doses de vacinas Covid-19 em 50 países, na sua maioria de elevado rendimento.
Em África, a Guiné-Conacri é o único país de baixo rendimento a fornecer vacinas e, até à data, apenas foram administradas a 25 pessoas. As Seicheles, um país de alto rendimento, é o único no continente a ter iniciado uma campanha nacional de vacinação.
A parceria para as vacinas COVAX, que integra a Aliança para as Vacinas (GAVI) e a OMS, tem o compromisso de assegurar aos países de baixo rendimento 2 mil milhões de doses de vacinas de cinco produtores, com opções para mais de mil milhões de doses.
"A COVAX está no bom caminho para começar a distribuir doses e começar a garantir o acesso global às vacinas", disse, na mesma conferência de imprensa, Thabani Maphosa, diretor da GAVI. "Este enorme empreendimento internacional foi possível graças a donativos, trabalho para acordos de partilha de doses e acordos com fabricantes.
Aguardamos com expetativa o seu lançamento nas próximas semanas", acrescentou. Em África, a coligação comprometeu-se a vacinar pelo menos 20% da população até ao final de 2021, fornecendo um máximo de 600 milhões de doses.
Espera-se que 30 milhões de doses iniciais comecem a chegar até março, com o objetivo de cobrir 3% da população, dando prioridade aos trabalhadores da saúde. Espera-se que a maioria das doses chegue no segundo semestre do ano.
Para garantir que as vacinas são transportadas e armazenadas adequadamente, a OMS, GAVI, Unicef estão a fazer o mapeamento do equipamento da cadeia de frio existente nos países, bem como da sua capacidade de armazenamento.
De acordo com a OMS, os países africanos apresentam um nível médio de prontidão para receber as vacinas e começar a imunização em massa de 42%. O valor representa uma melhoria em relação aos 33% de há dois meses, mas está ainda longe do valor de referência desejado de 80%.
A Unicef está a coordenar e apoiar a aquisição, o transporte internacional e a entrega de vacinas Covid-19 para as instalações da COVAX, numa enorme e exigente operação logística. A organização está a armazenar mil milhões de seringas e a comprar 10 milhões de caixas para que seringas e agulhas usadas possam ser eliminadas de forma segura, prevenindo assim o risco de ferimentos e doenças transmitidas pelo sangue.
"A Unicef criou uma rede global de transitários e fornecedores de logística para fornecer vacinas tão rápida e segura quanto possível como parte desta operação histórica", disse Mohamed Fall, director regional para África da agência da ONU.
"Esta inestimável colaboração garantirá que temos capacidade de transporte suficiente para entregar doses de vacinas Covid-19, seringas e caixas de segurança aos trabalhadores da linha da frente que, em última análise, protegem os milhões de crianças que dependem dos seus serviços vitais".
Todos os 54 países do continente aderiram à coligação COVAX. Oito países de rendimento superior e médio autofinanciarão a sua própria participação, enquanto os países de rendimento médio e baixo terão acesso às vacinas sem qualquer custo através deste mecanismo.
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