Sociedade

Crianças do Lar Dor e Lombe recebem donativos

Venâncio Victor | Malanje

Jornalista

As 45 crianças órfãs e abandonadas do lar de acolhimento do Dor e Lombe, a 13 quilómetros, a Oeste da cidade de Malanje, tiveram este sábado (17), um dia diferente.

17/04/2021  Última atualização 22H46
Madre Verónica França do Lar Dor e Lombe © Fotografia por: Venáncio Victor

Dos membros do Comité de Especialidade dos Economistas do MPLA e profissionais de gestão da província, receberam bens de primeira necessidade, para aliviar as dificuldades. A instituição de caridade, que remonta dos anos 1970, foi reactivada em 2008. Alberga crianças de diversos pontos do país, como Luanda, Malanje, Benguela, Huambo e Zaire. A responsável do internato madre Verónica França, garante que o Lar Dor e Lombe, já formou muitos quadros que hoje ocupam cargos de destaque na sociedade angolana.

Hoje, segundo a madre, os inquilinos, cujas idades variam entre 4 e 17 anos, debatem-se com a falta de alimentação, vestuário, material didáctico, camas e colchões, detergentes e de outros bens que garantam um melhor funcionamento do lar.

Neste sábado, as crianças receberam roupa usada, papel higiénico, calcados, detergentes, além de produtos da cesta básica, como, sabão, arroz, óleo alimentar, sal de cozinha, bolachas, açúcar, frutas enlatada e água mineral.

Verónica França apelou às demais instituições, singulares e colectivas, a seguir o exemplo de filantropia dos membros do Comité de Especialidade dos Economistas do MPLA. "Estamos agradecidas que Deus vos abençoe, vos acompanhe e tenham sempre este gesto de solidariedade para com os que mais precisam da ajuda de todos”, disse, sem esconder a emoção. A madre pediu, igualmente, apoios para a vedação do quintal, no sentido de garantir segurança ao local, já que animais da comunidade têm invadido e destruído as lavras do internato.

No Internato Dor  e Lombe, são ministradas aulas da iniciação até ao primeiro ciclo e há, ainda, um posto médico, que tem servido, também, às comunidades adjacentes ao centro de acolhimento. Outra preocupação apresentada tem a ver com a ampliação das estruturas para poder abranger aulas do segundo ciclo. O centro possui já energia da rede geral de distribuição.

Verónica França disse que quer continuar a receber crianças órfãs e desfavorecidas, já que são muitos os pedidos, mas que, por falta condições, é obrigada a não aceitar.

A primeira secretaria do Comité de Especialidade dos Economistas do MPLA, Lizeth Tonga, referiu que os bens doados resultam da contribuição dos 64 membros, incluindo alguns apoios das empresas Miamop, B Rangel Limitada.

Acrescentou que ajudas do género vão ser contínuas para garantir o desenvolvimento integral das crianças, para que possam usufruir uma infância feliz. O programa da actividades foi marcada por momentos de declamação de poesia, anedotas proferidas pelos anfitriões.

Os integrantes da comitiva dos Economistas do MPLA visitaram, igualmente, as Cachoeiras de Dor e Lombe. Realçaram as potencialidades existentes na área do Turismo, mas defendem maior promoção, divulgação e reabilitação das suas intra-estruturas hoje degradadas.

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