Sociedade

Cuanza-Sul tem fábrica de produção de oxigénio

Víctor Pedro|Sumbe

Uma fábrica de produção de oxigénio, montada no Hospital Geral 17 de Setembro, entrou ontem em funcionamento na província do Cuanza-Sul, com vista a dar resposta à carência deste produto às unidades sanitárias da região e evitar com que os pacientes procurem os serviços em outros pontos do país em fase da pandemia da Covid-19.

13/02/2021  Última atualização 15H20
© Fotografia por: DR
Inaugurado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, a fábrica tem capacidade de enchimento de 50 garrafas por dia e 13 mil metros cúbicos de oxigénio, e foi financiada pela Sonangol E.P, através do Ministério dos Petróleos e Recursos Mineirais, no âmbito do combate e prevenção da Covid-19. A infra-estrutura está avaliada em 160 milhões de kwanzasDe origem portuguesa, marca ultra-controlo, a fábrica conta com equipamentos tecnológicos de ponta e passa a utilizar o ar natural como matéria-prima para transformar em oxigénio e, posteriormente, ser utilizado na área da Saúde. 

A ministra Sílvia Lutucuta saudou a iniciativa do sector dos Petróleos e Gás que, através dos acordos firmados com Ministério da Saúde, no âmbito das suas acções de responsabilidade social, foi possível financiar uma fábrica de oxigénio para beneficiar a província do Cuanza-Sul.A fábrica contém muitas valência na produção do gás, factor que, segundo a governante, vai permitir salvar vidas e melhorar a qualidade da prestação dos serviços a nível da província e, acima de tudo, poder  responder as necessidades de outras unidades sanitárias no Cuanza-Sul e do país em particular.

Neste propósito, Sílvia Lutucuta defendeu a necessidade de se começar a prestar um serviço de saúde de qualidade, referindo que a aquisição da fábrica de produção de oxigénio já é um sinal que "nos projecta para esta direcção, porque o oxigénio é vida”.Além da fábrica de oxigénio, está a ser projectado no Cuanza-Sul a construção de  um novo Hospital Provincial, que terá capacidade para 200 camas e com serviço de hemodiálise, e uma outra unidade sanitária no município de Porto Amboim.Na província do Cuanza-Sul, Sílvia Lutucuta aproveitou, também, o momento para radiografar o sector da Saúde, tendo em conta os últimos acontecimentos. Visitou o Centro de Saúde do Chingo, onde se registou um incêndio, centro provisório localizado no Mercado da Feira e o armazém de medicamentos.

Na ocasião, a governante reconheceu serem precárias os serviços de saúde locais  e disse que estão aquém do desejado da qualidade que se pretende atingir à médio e longo prazos.Neste contexto, garantiu que vai continuar a trabalhar, de modo a melhorar a qualidade das infra-estruturas, bem como nas apostas dos recursos humanos, factores que considerou  fundamentais e que vão ajudar o sector a atingir os objectivos qualitativos e quantitativos desejados.A ministra pediu aos responsáveis do hospital e os respectivos quadros no sentido de cuidarem do empre-endimento e que a fábrica de produção de oxigénio sirva para de objectivo para o qual foi adquirido.

Por sua vez, o secretário de Estado de Petróleos e Gás, José Barroso, considerou o gesto como sendo oportuno e importante, porque entende que, com aquisição deste módulo de oxigénio, a província do Cuanza-Sul, as unidades sanitárias e seus pacientes vão deixar de sentir a falta deste importante bem que serve para salvar vidas e reforçar as acções de combate à Covid-19 e outras doenças. José Barroso sublinhou que o sector dos Petróleos e Gás está disponível e ga-rantiu continuar a trabalhar e cooperar com o Ministério da Saúde, no âmbito da sua responsabilidade social, por formas a apoiar outros projectos em benefíciodas populações.

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