O chefe da brigada provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal, Salomão Chaúto, anunciou em Menongue que 300 colmeias modernas vão ser instaladas na província do Kuando-Kubango, com vista à produção de mel em grande escala.
Salomão Chaúto informou ao Jornal de Angola que, numa primeira fase, as 300 colmeias são instaladas nos apiários dos municípios de Menongue, Cuchi e Cuito Cuanavale.
De acordo com o chefe da brigada provincial do IDF, cada município é contemplado com 100 colmeias cada, tendo em vista o potencial que estas localidades possuem, para a produção de mel.
Salomão Chaúto revelou que o projecto foi concebido pelo IDF e pela direcção provincial da União Nacional dos Camponeses Angolanos (UNACA).
O responsável do IDF revelou que em breve a sua instituição, em parceria com os seus parceiros, realiza uma acção de formação para 3.220 apicultores tradicionais, a fim de melhorarem as técnicas.
"Estes apicultores tradicionais controlados pelo IDF são associados em cooperativas para que estejam melhor organizados, com vista a tornarem a província um verdadeiro produtor de mel”, enfatizou.
Salomão Chaúto salientou que a nível da província, o IDF controla 16 empresas angolanas de exploração florestal, das quais sete exercem legalmente esta actividade.No dizer de Salomão Chaúto, as empresas que actuam ilegamente na exploração florestal realizam as suas actividades nos municípios de Menongue, Dirico e Cuangar.O responsável realçou que ao longo da orla fronteiriça, o IDF trabalha com a sua similar da vizinha Namíbia, no sentido de controlar o contrabando de madeira.
Salomão Chaúto anunciou que o IDF na província tem em carteira a recuperação de um viveiro florestal no município de Menongue e a criação de mais dois no Cuchi e Cuito Cuanavale. O IDF prevê igualmente a instalação de naves de produção de plantas nos municípios do Dirico, Cuangar, Cuito Cuanavale, Mavinga, Rivungo e Calai, disse.
O chefe da brigada provincial acrescentou que está também prevista a criação de um Banco de Sementes Exóticas e Indígenas, para o repovoamento florestal a nível da província. Questionado sobre as dificuldades que a instituição que dirige enfrenta, Salomão Chaúto referiu que as principais dificuldades prendem-se com o número reduzido de fiscais florestais.
A nível da província do Kuando-Kubango, o IDF conta com 26 fiscais efectivos, dos quais 13 trabalham em Menongue.
Por esse facto, defendeu o recrutamento de pelo menos 200 fiscais florestais, para que possam cobrir a longa extensão territorial da província.
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