Sociedade

Angola Cables expõe tecnologia no Brasil

O primeiro sistema de cabos submarinos de fibra óptica, que liga directamente África e a América, construído pela empresa Angola Cables, constitui o tema de destaque da 20ª edição da Futurecom, o maior e mais importante evento de  telecomunicações que  começa hoje, no estado de São Paulo, Brasil.

15/10/2018  Última atualização 10H53
DR © Fotografia por: Vista da grande São Paulo, o estado brasileiro que acolhe hoje a Futurecom 2018

Denominado Futurecom 2018, o evento tem a duração de três dias, sendo considerada a mais relevante montra do sector a nível da América Latina, na qual se prevê a presença das maiores empresas de tecnologia, telecomunicações e inovação do mundo, soube o Jornal de Angola.
Com a entrada em operação do SACS   denominação do projecto de cabo submarino de fibra óptica) a multinacional angolana, a Angola Cables ganhou protagonismo no mapa mundial das telecomunicações, por construir o primeiro cabo de dados entre África e a América do  Sul.
A Angola Cables destaca-se entre os demais participantes ao evento, devido à importância dos seus circuitos, no mapa mundial das telecomunicações, com destaque para o SACS, que atravessa o Hemisfério Sul.
O cabo submarino de fibra óptica é uma rota alternativa para o tráfego de telecomunicações, nos sistemas de dados e de voz, entre os continentes americano e asiático, e conjuntamente com o WACS, para a conectividade entre a Europa e a América do Sul.
António Nunes, CEO da Angola Cables, disse a propósito que o SACS "trouxe um salto gigantesco na conectividade transatlântica e terá um impacto profundo na conectividade digital global".
No entender de António Nunes, com a entrada em funcionamento do cabo submarino de fibra óptica, espera-se acelerar a actividade comercial nos sectores de Tecnologia de Informação e Comunicação e estimular as economias emergentes na América Latina e em África. Todos estes factores, segundo António Nunes, fazem da Angola Cables um actor importante na conectividade global, tanto em África, como na América, daí a importância reconhecida nos eventos internacionais do sector.
O SACS é detido e gerido a 100 por cento pela Angola Cables, concebido com uma tecnologia WDM, coerente de 100 Gbps, numa solução de ponta a ponta. Com quatro pares de fibra, oferece uma capacidade total de projecto de 40 Terabytes por segundo, entre Luanda e Fortaleza (Brasil).

Por dentro
Fundada em 2009, a Angola Cables é uma multinacional angolana de telecomunicações, que opera no mercado  grossista, cujo negócio principal é a comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados, através de sistemas de cabos submarinos de fibra óptica.  É um dos maiores accionistas do WACS (Sistema de Cabos Submarinos da Costa Ocidental Africana), que liga a África do Sul a Londres, fornecendo serviços de nível de operador a operadores em Angola e na região subsahariana, tornando-se assim um dos maiores fornecedores de IP na região.
Os seus principais projectos - SACS e Monet - interligam três continentes: América do Sul, América do Norte e África, bem como o Datacenter de Fortaleza, uma instalação de Nível III, situada no Brasil, que vai interligar os seus sistemas de cabo, criando uma rede altamente conectada.
Actualmente, a empresa já opera um Datacenter em Angola, denominado Angonap.

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