Economia

Cerca de duzentas empresas presentes na Expo-Indústria

Cerca de 200 empresas nacionais e estrangeiras participam em Luanda, de hoje a sábado, na 3ª edição da Expo-Indústria, que decorre em simultâneo com a 15ª edição da  Feira  Internacional de Equipamentos e Serviços para a Construção Civil, Obras Públicas, Urbanismo, Arquitectura e Decoração e de Interiores (Projekta).

14/11/2018  Última atualização 13H58
DR © Fotografia por: Lourenço Texe

No evento, que acontece na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEELB), numa co-organização do Ministério da Indústria e da empresa Eventos Arena, as empresas, além de exporem os produtos, vão estabelecer contactos de negócios. A grande novidade, de acordo com o porta-voz da organização, Lourenço Texe, está na junção num só espaço de dois eventos ligados aos sectores que mais movimentam  a economia do país, depois do petrolífero.
Sob o lema “Crescer, a fazer crescer”,  a iniciativa, de acordo com a organização, pretende contribuir para a promoção e aumento da produção nacional, fomento das relações empresariais entre os dois sectores e para dar resposta às necessidades do país a nível da Indústria e Construção Civil.
Lourenço Texe, que também é o director-geral adjunto do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola (IDIA), disse que a feira está aberta ao público, bastando aos interessados a aquisição do bilhete de acesso ao preço de mil kwanzas.
 Na exposição, estarão patentes produtos e serviços ligados à agropecuária, artesanato, cimento, madeira, petróleo, gás, pedras naturais, energia alternativa, paisagismo e meio ambiente. Esta é a segunda feira que decorre na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEELB), depois de ter albergado, em Julho, a 34ª Feira Internacional de Luanda (Filda).

Zona Económica Especial
Dotada de infra-estruturas adequadas à instalação de unidades industriais com vocações variadas, a ZEELB estende-se entre os municípios de Viana e Cacuaco, em Luanda, e, na província do Bengo, do Dande a Nambuangongo, passando pelo Ambriz, numa área global de 8.300 hectares. Abriu a público em Maio de 2011, com a inauguração das oito primeiras empresas, mas é preciso recuar a 2005 para perceber todo o percurso então iniciado pelas autoridades angolanas para a criação desta que se desenha, agora com maior clareza, como a primeira e a maior cidade empresarial do país. Financiada e detida pelo Estado, a ZEELB é um pólo industrial onde são produzidos, entre outros equipamentos, cabos de fibra óptica, materiais de construção civil, electrodomésticos, equipamentos agrícolas e automóveis.

Reservas minerais
Além das 76 fábricas existentes, a Zona Económica Especial Luanda-Bengo dispõe de oitos reservas minerais, sete industriais e seis agrícolas. Algumas das empresas nacionais e estrangeiras que participam na 34ª Filda entram em contacto pela primeira vez com esta “mina de negócios.” As 76 fábricas correspondem à primeira fase do projecto. A segunda foi suspensa em 2015, em consequência da queda dos preços do petróleo no mercado internacional, que conduziu o país a uma crise financeira que afectou algumas unidades industriais.