A Rússia pode colocar mísseis nos territórios dos seus países aliados, se os EUA instalarem armas semelhantes na Europa, avisou ontem um legislador russo.
Konstantin Kosachev, líder do Comité de Relações Internacionais da câmara alta do Parlamento russo, disse, em Moscovo, que a intenção dos EUA de se retirar do Tratado de Mísseis de Médio Alcance, assinado em 1987, pode provocar a multiplicação na Europa de mísseis proibidos por aquele acordo internacional.
O legislador alertou para a forte possibilidade dos russos colocarem sob mira, mísseis dos EUA estacionados na Europa e nos países aliados dos russos, vizinhos da Europa, embora sem especificar quais.
A Rússia tem fortes laços militares com a Bielorrússia, que faz fronteira com países membros da NATO - Polónia e Lituânia, e os dois aliados já realizaram manobras conjuntas, em momentos de maior tensão com o Ocidente.
“Estamos a trabalhar activamente com todos aqueles que se mostrarem prontos para aumentar a pressão sobre os EUA, para que estes preservem o tratado”, disse Kosachev. O Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou em Outubro a intenção de se retirar do Tratado de Mísseis de Médio Alcance, alegando a violação do pacto por parte da Rússia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, negou de imediato essa insinuação e disse que o tratado, bem como outras questões de controlo de armas estarão no topo da agenda da sua reunião com Trump, à margem da cimeira do G20, marcada para a Ar-gentina, na próxima sema-na. O líder russo presidiu a uma reunião sobre indústrias de armas, em Anapa, no sul da Rússia.
O Tratado de Mísseis de Médio Alcance, assinado em 1987 pelos líderes dos Estados Unidos e da União Soviética, Ronald Reagan e Mikahil Gorbachev, respectivamente, proibiu os dois países de possuírem, produzirem ou testarem foguetes nucleares e mísseis balísticos lançados do solo com um alcance de 500 a 5.500 quilómetros.
Um encontro para troca de experiências entre Organizações Comunitárias de Base (OCBs), organizações e redes de Pessoas Vivendo com VIH (PVVIH) realiza-se em Luanda, nas Caritas de Angola, no Rocha Pinto, nos dias 25 e 26 do corrente mês.
O embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola no Senegal, República Islâmica da Mauritânia e da Gâmbia, Adão Pinto, entregou, esta quarta-feira, as Cartas Credenciais ao Presidente gambiano Adama Barrow.
O ministro de Estado português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou, hoje, em Lisboa, que nada muda nas relações entre Portugal e Angola, apesar de haver um novo Governo no país europeu.