“A estabilização macroeconómica é fundamental para que os investidores possam ir para o mercado. É importante que os investidores tenham conhecimentos sólidos ou cada vez mais crescentes ao nível do mercado; saber o que é que o mercado pode oferecer e como é que eles podem nele participar”,  referiu.
Mário Gavião, que falava à margem do Fórum “Mercado de Capitais “ disse que  “ hoje a situação está melhor  do que há um ano e por força disso as empresas terão oportunidade de ir ao mercado e fazer captação de investimento”.
A CMC  tinha  uma estratégia de implementação  do mercado de valores imobiliários, desde o primeiro conselho de Mercado de Capitais,  que  passava  por criar as condições para que houvesse um Mercado de Dívida Pública fluído e transparente, principalmente no mercado secundário.
“Tínhamos um primado  em que havia uma participação dos bancos, que tomavam a dívida emitida pelo Estado através das Obrigações e Bilhetes de Tesouro, e havia necessidade de os pequenos aforradores começarem a participar, principalmente no mercado secundário.
Este objectivo foi claramente atingido, ainda há uma margem de crescimento, mas hoje o mercado secundário já  é mais transparente, tem uma bolsa de valores a funcionar, as condições para que os investidores surjam estão criadas.
Um dos desafios para o processo está na fraca cultura de poupança e de investimento, além de que as poupanças existentes não são suficientes para acorrer todos os desafios que um processo traz, mitigado com a participação dos investidores  não residentes. Mário Gavião disse que a resolução deste desafio passa pela estabilização macroeconómica, que, no seu entender, deve ser favorável ao programa, lembrando que o Governo já colocou em marcha medidas de políticas que vão assegurar a referida  estratégia.