Cultura

Kiluanji kia Henda na colecção da Gulbenkian

Kiluanji kia Henda faz parte de um grupo de artistas cujas obras de arte, num total de 88, entraram este ano no acervo museológico da Fundação Calouste Gulbenkian, fruto de aquisições e doações, anunciou ontem a entidade, em Lisboa.

06/12/2018  Última atualização 09H42
Agostinho Narcíso | Edições Novembro © Fotografia por: Obras do artista angolano no acervo da instituição lusa

Kiluanji kia Henda e Grada Kilomba, artistas de origem africana, fazem parte desse grupo e afirmam agora o pensamento sobre o pós-colonialismo em África na colecção moderna da Gulbenkian.
De acordo com a directora do museu, Penélope Curtis, que apresentou aos jornalistas as linhas principais da programação para o próximo ano, a filosofia das novas aquisições passou por “ir ao passado e ao presente” para “preencher lacunas” do acervo e introduzir também artistas mais jovens e de “outras geografias”, além de Portugal.
Entre as obras - em fotografia, pintura, instalação, escultura, vídeo, colagem e desenho - estão algumas que visavam preencher lacunas na representação de alguns artistas na colecção de arte, como Ernesto de Sousa (1921-1988), Silvestre Pestana, Manuel João Vieira e Artur Cruzeiro Seixas.
Peças dos artistas José de Guimarães, Teresa Magalhães, João Cutileiro e Praneet Soi também entraram no acervo devido a aquisições resultantes de exposições.
A directora Penélope Curtis explicou que também foram adquiridas obras de artistas mais jovens cuja origem e trabalho “têm ligações a Portugal, mas são provenientes de outras geografias, nomeadamente as antigas colónias portuguesas.”
Nas 88 novas obras que entraram no acervo, surgem ainda nomes como Paulo Catrica, Luísa Jacinto, Fernando Brito, Manuel Baptista, Ângela Ferreira, Miguel Soares, Jorge Barradas, António Cerveira Pinto, Pedro Valdez Cardoso, Rosa Fazenda, Mariana Silva, Jorge Vieira, Fernando Lemos e Ana Jotta.
A Fundação Calouste Gulbenkian investiu 500 mil euros na aquisição de novas obras de arte para o acervo do museu, o mesmo valor que em 2017.

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