Saltou à vista dos “inspectores” a falta de higiene, o débil saneamento básico e a exposição de alimentos e utensílios diversos ao ar livre. A comida  confeccionada  em locais sem o mínimo de condições higiénicas também despertou a atenção da comitiva.  
Com cerca de 500 metros quadrados, o “Lenga-Lenga” serve de alternativa para a compra de produtos mais baratos, como  electrodomésticos, roupa, calçado, bens alimentares, bebidas diversas e material de construção.
Lina Panzo, uma vendedora do mercado desde a sua abertura em 2007, reconhece que as condições, no geral, não são adequadas para se praticar  actividade comercial no local. “Realmente, não há higiene neste mercado, mas não temos outro lugar onde possamos vender. É aqui onde sai o sustento de centenas de vendedoras e muitas não têm esposo, sustentam sozinhas os filhos”, disse.
Ezequiel António, de 35 anos, frequentador assíduo do mercado, disse que, durante o período nocturno, vários indivíduos se servem do local para fazerem necessidades fisiológicas.