Economia

Unicargas investe em infra-estruturas

A Unicargas, uma empresa de capitais públicos vocacionada para o transporte de cargas, operação de terminais e transitários, procura financiadores para concretizar investimentos de cerca de 40 milhões de dólares na reabilitação de infra-estruturas e a aquisição de novos equipamentos,  no âmbito do processo de reestruturação em curso desde 2018.

04/01/2019  Última atualização 16H50
Contreiras Pipa | edições novembro © Fotografia por: Celso Rosas no encontro com trabalhadores da Unicargas

O presidente do conselho de administração da companhia, Celso Rosas, disse ontem à imprensa, no final de um  encontro com os trabalhadores, que os investimentos estão previstos, sobretudo, para que as obras de reabilitação do Terminal Polivalente Porto de Luanda, tenham início ainda este ano.
“Mais de 80 por cento das receitas são provenientes do Terminal Polivalente do Porto de Luanda, pelo que é urgente que este recinto disponha de condições técnicas, humanas, materiais e de equipamentos para que possa concorrer com demais terminais”, declarou.
Considerou que o actual funcionamento da Unicargas é precário, posto que ainda não consegue atender as exigências do mercado. A empresa conta com 230 camiões - 117 operacionais -, tendo em curso operações para recuperar 50 dos que estão em estado obsoleto, para descartar os restantes, o que levou à decisão da compra de cem veículos.
Com delegações nas províncias de Luanda, Cabinda e Benguela, a Unicargas pretende abrir  delegações este ano no Soyo, em Malanje e  no Cunene. “Queremos trabalhar para aumentar os níveis de produção e produtividade, para aumentar as receitas da empresa”, sublinhou.
Na reunião de balanço dos seis meses de gestão do conselho de administração da Unicargas, realizada em Agosto de 2018, Celso Rosas referiu que, no primeiro semestre daquele ano, a nova administração da empresa obteve receitas de 2.200 milhões de kwanzas com o transporte de 300 mil toneladas de mercadorias diversas do Terminal Polivalente do Porto de Luanda, para vários pontos do país.

Com uma dívida naquela altura estimada em nove mil milhões de kwanzas, como resultado da má gestão do anterior conselho de administração, Celso Rosas disse que a empresa ainda tinha dificuldades para cobrir as despesas com o pessoal.