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Trump sem dinheiro para erguer o muro

O Presidente norte-americano assinou na sexta-feira, o acordo orçamental com o Congresso que permite reabrir serviços e agências governamentais, o que corresponde ao fim do designado "shutdown", durante três semanas, até 15 de Fevereiro.

27/01/2019  Última atualização 07H57
DR © Fotografia por: O acordo assinado permite reabrir os serviços federais

Donald Trump tomou esta decisão sob uma crescente pressão e um alargamento de situações de ruptura de funcionamento, designadamente em aeroportos e serviços fiscais, mas sem conseguir o dinheiro para financiar o muro que pretende na fronteira com o México.
Sozinho no Jardim das Rosas, na Casa Branca, Trump disse que iria assinar a legislação que permite o financiamento das estruturas governamentais até 15 de Fevereiro e tentar persuadir os congressistas a financiarem o muro.
O acordo alcançado não contempla qualquer financiamento para o muro, mas acaba com o maior "shutdown" da história dos EUA.
O recuo de Trump ocorreu no 35.º dia do encerramento parcial de vários serviços do Governo, quando se acumulavam várias situações de disfuncionalidade, como os atrasos crescentes nos aeroportos, e se tornava a passar pela situação de não pagamento dos salários a mais de 800 mil funcionários públicos.
O "shutdown" acabou como os líderes democratas queriam: primeiro, reabre-se o Governo, depois, fala-se sobre segurança fronteiriça. "O Presidente pensou que podia quebrar os democratas, o que não conseguiu, e espero que tenha aprendido a lição", afirmou o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
A presidente da Câmara dos Representantes, a também democrata Nancy Pelosi, reforçou: "A nossa unidade [dos democratas] é o nosso poder. E foi isto que o Presidente subestimou".
Trump continua a defender a necessidade de se construir um muro na fronteira com o México.

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