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Reabilitação de estradas com mais meios técnicos

O problema do mau estado das vias terciárias da cidade de Malanje pode melhorar substancialmente com a aquisição, nos próximos tempos, pelo Governo Provincial, de kits de manutenção de estradas e terraplanagem, que vão ser obtidos a nível central, garantiu o administrador municipal.

21/02/2019  Última atualização 08H36
Edições Novembro © Fotografia por: Reabilitação das vias de acesso entre as prioridades da Administração Municipal de Malanje

João de Assunção, que falava ao “Jornal de Angola”, por ocasião das festividades da 87ª aniversário da cidade de Malanje, que encerraram no último fim-de-semana, com uma variedade de atractivos, acrescentou que a concretização deste desiderato vai contribuir para o aumento da capacidade operativa da administração municipal, podendo estar em condições de dar respostas às solicitações e reclamações dos munícipes, na reabilitação das vias de acesso aos bairros.

O administrador reconheceu que em quase todos os bairros existe a necessidade de se fazer manutenção das estradas terraplanadas, para melhorar a circulação.
“As vias de acesso fazem parte das principais reclamações dos munícipes da cidade de Malanje e cons-tam no plano de acção para 2019”, disse, tendo lamen-tado a fraca capacidade da administração em termos de meios, que são insuficientes para dar respostas à demanda do município.
Outra preocupação da Administração Municipal de Malanje tem a ver com a problemática dos amontoados de lixo que se verificam em quase todos os pontos da urbe, motivados pela redução, de três para uma, do número de empresas de limpeza urbana da cidade, em função da redução das receitas públicas, tendo em conta a crise financeira.
João de Assunção esclareceu que mesmo ficando com apenas uma operadora, no caso, a Jodgás, ainda assim o valor que se deve pagar para as operações de limpeza é extremamente alto.
“Estamos a ter dificuldades em suportar as despesas para pagar de forma regular as operações da limpeza da cidade.”

Redução dos custos
O administrador municipal de Malanje disse que a instituição que dirige foi orientada, pelo Ministério das Finanças, no sentido de se encontrar um modelo que se ajuste à actual capacidade financeira do país, com vista a reduzir substancialmente os custos de limpeza, tendo apontado como principal dificuldade a insuficiência de equipamentos de saneamento, terraplanagem e manutenção de estradas.
Neste momento a instituição trabalha com dois ca-miões basculantes, um tractor e uma pá carregadora, o que é insuficiente para atender as necessidades.
João de Assunção anunciou a adopção de um modelo de gestão comunitária, onde as próprias comunidades são mobilizadas no sentido de evitarem que se coloque o lixo que produzem na rua e em locais inadequados.
Por outro lado, o administrador destacou a criação de condições para a construção do novo cemitério municipal na zona do Zola, no Sector de Quissol, que já foi alvo de acções de desminagem, pelo Instituto Nacional de Desminagem, numa área de 15 mil metros quadrados.
Para o administrador, a possível revisão do orçamen-to da província pode afectar vários projectos preconiza-dos para este ano. Destacou a entrada em funcionamento, durante o ano passado, de alguns projectos de âmbito central, como o sistema de água de Cambondo, e outros em curso, como a centralidade de Malanje, a construção da Casa da Juventude, bem como o projecto de desassoreamento do rio Malanje, que vão conferir mais dignidade aos habitantes.
O administrador destacou ainda as obras das infra-estruturas integradas, mormente da estrada que liga a cidade ao bairro da Canâmbua, que registam atrasos por falta de verbas.

Limitações financeiras
Apesar das limitações financeiras e da revisão do orçamento da província, o administrador garante que algumas acções de impacto social vão ser executadas este ano, com a implementação do plano municipal integrado de combate à pobreza e do incremento das actividades básicas.
Disse ainda que as grandes acções vão estar viradas para a reabilitação e construção de infra-estruturas sociais, com realce para escolas, com vista a diminuir as oito mil crianças que estão fora do sistema de ensino.
O administrador destacou o apetrechamento e inauguração do centro de saúde do Ritondo, que esteve fechado durante vários anos.