Política

Julgamento retomado hoje

O julgamento do caso da chamada “burla à tailandesa” retoma hoje, depois de mais de uma semana de interregno, por falta de um tradutor de tailandês.

01/03/2019  Última atualização 08H12
dombele bernardo | edições novembro © Fotografia por: Com a chegada da intérprete tailandesa, o julgamento é reatado

Ontem, chegou a Luanda, a intérprete Bencharassamee Rujraweehiran, de 29 anos, que tem quatro anos de vivência em países de expressão portuguesa, em Portugal e em Moçambique.
Até ao momento, foram ouvidos todos os réus, faltando apenas um, de nacionalidade tailandesa, que não fala nenhuma outra língua se não a da Tailândia. Na altura do adiamento, Carlos Salumbongo, advogado de Celeste de Brito António e dos tailandeses, disse ser importante que haja uma tradução fiel para as declarações do réu que falta ser ouvido. Após serem ouvidos todos os réus, o tribunal vai ouvir 38 declarantes, arrolado no processo.
Os réus são acusados da prática dos crimes de “associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documento falso e ainda de burla por defraudação na forma frustrada, promoção e auxílio à imigração ilegal e tráfico de influência”.
O Tribunal ordenou, entretanto, a aplicação da medida de coacção de pri-são domiciliária ao ex-director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, e ao general José Arsénio Manuel, que se encontravam em liberdade por gozar de fórum privilegiado. Os dois cidadãos são acusados de prática dos crimes de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documento falso e ainda de burla por defraudação na forma frustrada, promoção e auxílio à imigração ilegal e tráfico de influência”. Outros acusados nos mesmos crimes são Celeste de Brito António e Cristian Albano de Lemos (angolanos) e Raveeroj Ritchchoteanan, Monthita Pribwai, Manin Wantchanon, Theera Buapeng, ( Tailandês) e Andre Louis Roy, do Canadá e Million Isaac Haile da Eritreia. Todos encontram-se em prisão preventiva.