Economia

Propostas de investimentos no país atingem os 750 milhões de dólares

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) recebeu, entre Agosto de 2018 e Abril deste ano, 118 propostas de investimentos privados, avaliadas, no global, em 750 milhões de dólares.

01/05/2019  Última atualização 09H51
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Os números foram divulgados ontem, em Luanda, pela administradora da AIPEX, Sandra Dias dos Santos, à margem do ciclo de conferências “Angola Moldar o futuro - o caminho para a diversificação”, tendo sublinhado que estes resultados são fruto da diplomacia económica levada a cabo pelo Executivo e do trabalho desenvolvido pela agência para atrair investimento estrangeiro directo.
Os projectos, que permitem a criação de mais de sete mil postos de trabalho para nacionais, disse, estão concentrados maioritariamente nos sectores da indústria transformadora, comércio e agricultura.
Sandra Dias dos Santos indicou que a maior parte das 118 propostas estão activas e que os investidores têm uma carência de três meses para passarem para a fase de implementação.
Nos próximos dias, anunciou Sandra Dias dos Santos, efectivos da AIPEX vão proceder visitas às empresas com investimentos em curso no país, para aferir até que ponto cumprem com o prometido. Sobre a melhoria das infra-estruturas para desagravar os custos dos investimentos, a administradora da AIPEX disse que esta matéria está a ser tratada pelo Governo. “O acesso à energia eléctrica e as questões logísticas estão a ser tratadas pelo Governo num contexto mais amplo”.
Dados apresentados, em finais de Março, pelo presidente do Conselho de Administração da AIPEX, Licínio Contreiras, indicavam que, até aquele mês, a instituição tinha aprovado 93 projectos, avaliados em 650 milhões de dólares.
Os dados apresentados ontem por Sandra Dias dos Santos mostram uma grande melhoria em relação ao número de projectos, mas não tanto sobre as previsões das oportunidades de novas oportunidades de emprego.
Sandra Dias dos Santos mantém à volta de sete mil as projecções sobre o número de postos de trabalho, apesar da quantidade de projectos ter aumentado. Os investimentos são em grande número provenientes da China, Portugal e Eritreia, com implantação em curso ou prevista principalmente em Luanda e Bengo.
Em declarações recentes à imprensa, Licínio Contreiras lembrou o papel central da AIPEX na atracção do investimento para os sectores fundamentais de que o país mais precisa para a diversificação da economia e a substituição das importações. “De África, os investimentos são sempre bem-vindos, pois temos potencial. Estamos a falar de países como África do Sul, Egipto, Marrocos e Nigéria, mas o nosso principal foco é qualquer país, desde que resolva o problema da agricultura, exportação de mineiros, fora dos diamantes e petróleo, das pescas e outros derivados da indústria agro-alimentar”, referiu o responsável.
Falando da melhoria do ambiente de negócios em Angola, Licínio Contreiras lembrou que a nova lei não determina o valor do investimento, nem impede a transferência dos dividendos para o país de preferência, não exige parceria com os nacionais e traz benefícios tributários com a redução das taxas do pagamento de impostos e outros, como o acesso ao crédito.

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