Sociedade

Funcionária bancária morta a tiro pelo marido no Zango

A bancária Neusa Andrade, 42 anos, de nacionalidade cabo-verdiana, foi morta a tiro, na quarta-feira, por volta das 16 horas, na Vida Pacífica, distrito do Zango, município de Viana, em Luanda, supostamente pelo marido por prováveis razões passionais.

10/05/2019  Última atualização 09H47
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A vítima foi alvejada na cabeça com um disparo de pistola, no interior do apartamento onde vivia. O acusado, António Castro Lemos, 48 anos, tentou suicidar-se com um tiro no pescoço.
Esteve a receber assistência médica numa das unidades hospitalares, sob custódia das autoridades policiais, onde acabou por falecer ontem por volta das 16 horas.
O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente Fernando de Carvalho, disse ao Jornal de Angola que Neusa Andrade, funcionária do Banco BIC no Talatona, antes de ser morta foi vítima de agressão física.
Fernando de Carvalho explicou que houve desentendimento entre o casal, o que motivou o esposo a disparar contra a esposa. Depois de ver a vítima estendida tentou, também, o suicídio. A bala entrou pela garganta e saiu pela orelha.
António Castro Manuel era empreiteiro de construção civil e vivia com a esposa há mais de 17 anos. Têm um filho adoptivo. O corpo de Neusa Andrade encontra-se na morgue da Clínica Girassol. Vitória Sampaio, empregada doméstica do casal, que testemunhou a morte da patroa, estava visivelmente abatida com o sucedido.
Explicou ao Jornal de Angola que o patrão pediu à vítima para preparar o filho e logo a seguir houve um desentendimento entre o casal, o que motivou o patrão a partir para actos de violência.
Com receio, Verónica e a bebé refugiaram-se num dos quartos e, minutos depois, ouviu um disparo de arma de fogo. Quando saiu encontrou a patroa estendida no chão a sangrar pela cabeça.
Disse que Neusa ainda gritou por socorro, mas nada podia fazer, uma vez que o patrão estava com a pistola na mão. Verónica Sampaio, 43 anos, trabalhava em casa do casal há dois anos.
Verónica considerou a malograda uma pessoa calma e respeitosa; já o patrão, era de muitas palavras, mas lembra que ambos eram boa gente e que dificilmente discutiam.

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