“Maria Joana da Piedade é uma mulher que não olha para trás quando o problema é prestar serviço de enfermagem aos moradores da Cabala, uma comuna do distrito urbano de Catete, município de Icolo e Bengo, muito distante da sua área de residência.
Luciano António Canhanga (Soberano Kanyanga) nasceu em 1974 na aldeia de Mbangu de Kuteka, comuna de Munenga, Libolo, filho de Fernando Dambi, camponês, e de Maria Canhanga, também camponesa, num momento em que a mãe, que vivia numa fazenda com o esposo, se encontrava no óbito do seu pai, de quem Luciano Canhanga ganhou o apelido.
Em 1978, o pai de Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) muda-se para a fazenda Israel e, em 1982, tinha Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) oito anos, morre em Luanda e a mãe volta, viúva, com 4 filhos para criar.
Entre 1983 e 1984, foram incontáveis os quilómetros percorridos a pé e as noites passadas nas matas pela família de Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) para fugir da UNITA, que “rondava a região, atacando carros e raptando pessoas.” Em 1984, a mãe decide ir viver para Luanda, hospedando-se com 4 filhos em casa de um primo. Foram momentos difíceis, recorda Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga). Ela procurava negócios por todo o lado para comerem e Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) fazia pequenas vendas onde lhe era possível, para conseguir estudar.
Aos 11 anos, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) saía a pé da Induve (Kikolo) para o Rangel com um balde de sabão “cocó” (restos de sabão derretidos) à cabeça escorrendo-lhe sobre os olhos, para tentar a venda. Até 1987, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) viveu em Luanda, no Rangel, ajudando os tios, fazendo compras nas lojas do povo, enfrentando filas intermináveis nas lojas e depósitos de pão, para levar, quando possível, alguns géneros alimentícios para casa, tarefas que executava simultaneamente com os negócios de sabão “cocó”, sal e jindungo.
Em 1987, a mãe de Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) voltou para o Libolo. Meses depois, ele, com 13 anos, foi também, mas ficou na vila de Calulo, em casa de um primo professor, para estudar a 4ª e a 5ª classes. Dois anos depois, o primo foi transferido para a comuna de Munenga e Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) teve de frequentar a 6ª classe num internato onde a comida rareava “por força dos ataques da UNITA às viaturas.”
Em Dezembro de 1999, a vila de Calulo foi atacada e Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) teve de percorrer mais de cem quilómetros a pé até chegar à aldeia recôndita de Mbango de Kuteka onde permaneceu até Março de 2000. Normalizada a vida em Calulo, volta à escola.
O facto de ter fugido com os livros e estudar permitiu-lhe fazer as provas perdidas e concluir a 6ª classe. Para mais uma vez tentar a aventura de estudar em Luanda, foi à Delegação da Educação pedir uma guia de marcha isenta de pagamento de viagem e viajou por cima de sacos de fuba, num IFA 50, fazendo três dias de Calulo a Luanda, apresentando a guia de transferência na Escola Ngola Mbandi.
Hóspede em casa de um tio segurança numa empresa, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) aprendeu alfaiataria e electricidade para conseguir comprar livros e vestuário, organizando em casa um centro de explicações que chegou a ter 150 alunos e empregando amigos que também viviam necessidades.
Terminado em 1996 o curso médio de Jornalismo, no IMEL, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) candidatou-se a professor primário e iniciou um estágio na estação de rádio LAC, onde trabalhou até 2006.
Inexistindo licenciatura em Jornalismo ou Comunicação Social, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) concorreu a uma vaga no curso de Pedagogia de História no ISCED de Luanda, ganhando em 2003 uma bolsa de estudo para Comunicação Social no ISPRA (actual UPRA).
Assim, em 2003 Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) frequentava o quarto ano de História no Isced e o primeiro de Comunicação Social, a que se juntava o emprego na LAC.
Três anos depois, concorre a um emprego na assessoria de imprensa de Catoca, na Lunda-Sul, na qual criou a área até ser requisitado pelo ex-Ministério da Geologia e Minas, para director de Recursos Humanos, de 2015 a 2018, e actualmente é director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos. Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) possui o 4º ano da Licenciatura em Pedagogia de História, é licenciado em Comunicação Social, pós-graduado em Gestão Empresarial com foco em Pessoas e mestrando em Ciência Empresarial pela Universidade Fernando Pessoa.
Em 2010, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) publicou o seu primeiro livro de ficção literária e tem já oito títulos editados. Este ano, Luciano Canhanga (Soberano Kanyanga) pretende construir uma sala de leitura ou Biblioteca Rural, com o nome da sua mãe, na aldeia de Pedra Escrita.
Uma equipe composta por técnicos da Administração Municipal do Tômbwa, Gabinete Provincial da Agricultura e o Instituto Geográfico Cadastral de Angola, estão a proceder a vistoria em campos agrícolas, para garantir a legalização das propriedades dos agricultores locais.
Angola vai acolher a convite do Secretariado do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL), a 15.ª Sessão Ordinária da Assembleia Plenária da organização e reuniões conexas, que decorrerá de 24 a 29 de Abril de 2025.
Escolhido pelo público, do início ao fim. Da primeira à última decisão popular, muita coisa aconteceu com o jovem brasileiro de 21 anos, morador da Bahia, nordeste do Brasil, durante os 100 dias em que esteve confinado na casa mais vigiada (Big Brother Brasil 2024). Davi Brito, ex-motorista de aplicativo foi amado pelas suas qualidades e venceu esta edição com 60,52% dos votos, tendo conquistado o prémio de 2.920.000 reais e um carro. Nesta entrevista exclusiva ao JA Online, o milionário fala sobre a determinação no jogo, do sonho de ser médico-cirurgião para dar orgulho à sua mãe e agradece o apoio dos fãs.
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Dois cidadãos de 23 e 27 anos, respectivamente foram detidos, pela Polícia Nacional (PN), por vandalismo e furto de cabos eléctricos no interior de uma empresa de exploração e distribuição de granito, na província da Huíla.