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Eleitores dinamarqueses escolheram os deputados

Cerca de 4,3 milhões de eleitores dinamarqueses foram chamados de novo às urnas ontem, 11 dias depois da votação para o Parlamento Europeu (nestas, a taxa de participação, de 66 por cento, foi a mais elevada de sempre no país em europeias).

06/06/2019  Última atualização 06H40
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Nas primeiras sondagens os sociais-democratas (S) de Mette Frederiksen, sucessora de Helle Thorning-Schmidt, que entre Outubro de 2011 e Junho de 2015 foi a primeira mulher a chefiar um Governo na Dinamarca surgiu em primeiro lugar.
Mas, de acordo com as úl-timas sondagens este partido ficará em segundo lugar nas legislativas, em 2015 ficou em terceiro. A terceira posição é agora ocupada pelo DF, formação de extrema-direita que há quatro anos causou surpresa ao ficar em segunda posição.
Dos 21,1 por cento que conquistou em 2015, o partido surge agora com 9,9 por cento nas previsões das sondagens mais recentes.
O DF foi ultrapassado nas europeias pelos verdes do SF, que ficaram em terceiro, depois dos S e dos liberais. O SF, que em 2015 obteve 4,2 por cento, surge agora creditado com 8,7 por cento.
A troco de poderem vir a apoiar uma eventual coligação liderada pelos S de Mette Frederiksen, integrando o bloco vermelho. O partido verde exige que a líder dos sociais-democratas tenha uma posição muito mais firme em relação à luta contra as alterações climáticas.
Frederiksen, 41 anos, pode conseguir uma vitória para os sociais-democratas, uma situação pouco frequente ultimamente na UE, se a isso se descontar as recentes vitórias nas legislativas, europeias e autárquicas do espanhol Pedro Sánchez.
Mas as suas políticas não são exactamente iguais às dos típicos sociais-democratas europeus, sobretudo no que respeita à imigração.
As sondagens para as legislativas de ontem na Dinamarca indicavam que será preciso ainda mais imaginação para conseguir formar um Governo maioritário.
Apesar de pertencer à União Europeia não é da zona euro (a Dinamarca é, a par do Reino Unido, o único país que tem exclusão em relação à moeda única.

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