"Estamos num momento em que a economia mundial está a mostrar sinais de estabilização", disse Christine Lagarde, num comunicado divulgado após a reunião do G20, que terminou ontem em Fukuoka, no Japão. Entretanto, "a estrada à frente continua precária", insistiu Lagarde, para quem as tarifas "punitivas" impostas por Washington e Pequim, inclusive as vigentes desde o ano passado, poderiam reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) global em 0,5 por cento em 2020.

Antes da reunião do G20, Christine Lagarde fez desta questão "a principal prioridade", instando os países membros a manter uma política monetária flexível para apoiar a actividade. Os grandes bancos centrais - o Banco Central norte-americano (Federal Reserve/FED), o Banco Central Europeu (BCE), Banco do Japão (BoJ)- estão todos em alerta, prontos para agir, se necessário, mesmo que as suas margens sejam limitadas, já que foram implantadas medidas desde a crise financeira de há 10 anos.

O Governador do BoJ, Haruhiko Kuroda, reiterou a sua vigilância sobre as "incertezas". Os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 estiveram reunidosno fim de semana em Fukuoka, no sudoeste do Japão.