Sociedade

Estudantes do ITEL com estágio garantido

O Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda(ITEL) criou um projecto virado à agricultura para controlar a velocidade do vento, a sensação térmica da terra e a determinação das fases necessárias para irrigação automatizada.

20/06/2019  Última atualização 11H42
DR © Fotografia por: Alunos do Instituto Médio de Telecomunicações têm contacto com o sector tecnológico

O director do ITEL-Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda garantiu ontem, em Luanda que, dos 250 alunos que finalizam, anualmente, os cursos técnicos de Electrónica e Telecomunicações, Informática e Multimédia, 75 por cento beneficiaram, este ano, de estágio em empresas parceiras.
No âmbito de um projecto mensal, ITEL Fórum, que abordou “O estado da Internet”, André Pedro disse que o convite às empresas tem como objectivo conhecer as valências dos alunos, no sentido de estreitar relações com o sector industrial e tecnológico.
O ITEL Fórum tem por objectivo incentivar as empresas a apresentarem desafios à escola, para que não seja apenas um sítio de transição de classe. Segundo o director, todos os anos recebe solicitações de várias empresas para enquadrar jovens vindos do ITEL.
“Alguns se recusam porque querem entrar na universidade”, disse, lembrando que o Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda Fórum não é uma inovação, mas uma realidade do que se faz no mundo, onde se criam espaços de diálogo entre especialistas e estudantes, bem como uma mais-valia do mundo empresarial para o mundo académico.
André Pedro afirmou que o entrosamento entre a escola e o mundo empresarial traz motivação no seio do aluno, por este acreditar no empreendedorismo. Lembrou que o INTEL Fórum está para levar o empresariado nacional e estrangeiro à escola, para que se comece a investigar e direccionar o ensino às necessidades do desenvolvimento tecnológico do país. “Estes espaços inspiram os alunos e, hoje, as maiores economias são suportadas pelas novas tecnologias”, acrescentou.
O Instituto Médio de Telecomunicações de Luanda criou um software para agricultura que controla a velocidade do vento, a sensação térmica da terra e determina as fases necessárias para irrigação automatizada. Para o director, as escolas técnicas foram desenvolvidas para alimentar a sociedade, dando soluções aos problemas.
Durante a palestra, um especialista em negócios na Internet, Darwin Costa, disse ser importante que as pessoas se apercebam da evolução registada na internet em Angola, o que não ocorria há sete anos.
“ Antigamente não tínhamos conteúdos internacionais alojados no país, mas, hoje, já temos, o que garante o acesso e envio desta informação por parte de qualquer usuário final e de forma instantânea”, disse, reconhecendo ainda haver lentidão no processo de expansão da Internet em vários pontos de Luanda.
O docente de telecomunicações e coordenador do projecto ITEL Fórum, Cláudio Gonçalves, referiu que o próximo workshop está programado para a segunda semana de Julho, que vai abordar o tema “Machin Learn”. Explicou que, com um formato mais dinâmico, a próxima discussão vai cingir-se à volta da possibilidade das máquinas, no futuro, substituirem o homem nas empresas.

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