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Seropositivas dão à luz crianças livres do VIH

Pelo menos seis crianças que nasceram de mães seropositivas na província do Cuando Cubango, de Janeiro a Maio deste ano, foram declaradas livres do VIH/Sida, devido ao programa de prevenção da transmissão vertical (PTV).

08/07/2019  Última atualização 16H54
DR © Fotografia por: Gestantes seropositivas são aconselhadas a aderir aos programas que visam fazer com que as crianças nasçam saudáveis

A informação foi avançada na cidade de Menongue, pela chefe de Departamento Provincial da Saúde Pública, Cristina Luísa, durante um workshop em alusão à abertura oficial no Cuando Cubango da campanha “Nascer livre para brilhar”.
Cristina Luísa explicou que as autoridades sanitárias na província fizeram todos os testes e um acompanhamento cuidadoso que comprovaram que as seis crianças que nasceram de mães seropositivas estão livres do VIH/Sida, graças à adesão das mulheres grávidas ao programa de prevenção de transmissão vertical.
Salientou que de Janeiro a Maio deste ano 4.323 mulheres grávidas aderiram aos testes de VIH/Sida, das quais 173 foram diagnosticadas com a doença e submetidas ao PTV.
Realçou que, durante o período em referência, 42 gestantes seropositivas deram à luz e os bebés estão a receber regularmente assistência médica e medicamentosa, para se determinar, nos próximos dias, o estado serológico.
Cristina Luísa fez saber que, no quadro da prevenção da transmissão do VIH/Sida de mãe para filho, as autoridades sanitárias na província do Cuando Cubango realizaram, de 2015 a 2018, um total de 7.501 testes em mulheres grávidas, com 1.740 resultados positivos.
Acrescentou ainda que no período em referência das 1.740 diagnosticadas com o VIH/Sida 1.632 aderiram ao tratamento com anti-retroviral e à prevenção de transmissão vertical, o que fez com que 88 crianças nascessem sem a doença.
Cristina Luísa destacou que neste momento 209 crianças encontram-se a receber tratamento anti-retroviral, porque as mães não cumpriram com rigor a prevenção de transmissão vertical.

Poligamia e poliandria
A vice-governadora do Cuando Cubango para o Sector Político, Social e Económico, Sara Luísa Mateus, disse que a campanha “Nascer livre para brilhar” constitui uma grande responsabilidade do Executivo angolano e de toda a sociedade, visando a diminuição significativa dos casos de VIH/Sida em Angola.
Segundo a governante, a poligamia e a poliandria são as principais causas do aumento do índice de VIH/Sida no país e em geral no continente africano. Sublinhou que muitos jovens e adultos têm vários parceiros, sendo um procedimento que tem estado a contribuir para a propagação da doença.
“Apesar de todos os cidadãos estarem sujeitos à transmissão de VIH/Sida, pela relação sexual e outras vias, é necessário, quando estivermos infectados, aderir ao tratamento e não contaminar deliberadamente outras pessoas”, disse. Sara Luísa Mateus defendeu a necessidade de todos os cidadãos angolanos se empenharem na passagem da informação, para que o Executivo angolano possa cumprir as metas estabelecidas pela campanha “Nascer livre para brilhar”, visando reduzir a transmissão de VIH/Sida.

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