Economia

Empresas estrangeiras convidadas a investir em Angola

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, convidou, ontem , em Luanda, as empresas estrangeiras presentes na 35ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) a investirem e criarem condições de se instalar no país.

10/07/2019  Última atualização 05H33
Eduardo Pedro | Edições Novembro © Fotografia por: Fachada central da FILDA 2019 na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo

Manuel Nunes Júnior fez o convite às empresas que ainda não estão instaladas em Angola quando discursava na cerimónia de abertura da maior bolsa de negócios do país, na qual participam, até sábado, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, em Viana, 785 empresas nacionais e estrangeiras de 22 países, incluindo Angola.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica, que discursava em representação do Presidente João Lourenço, garantiu que o Executivo está cada vez mais empenhado em criar a condições para que o sector privado assuma o seu papel de motor do crescimento económico.
O governante pediu ainda aos empresários estrangeiros que confiem no trabalho do Executivo e em Angola, que vive um período de reformas, que vão ajudar a melhorar o ambiente de negócios e facilitar o trabalho do empresariado estrangeiro.
Manuel Nunes Júnior fez referência, a título de exemplo, à emissão Visto do Investidor, que permi-te múltiplas entradas, permanência e residência temporária.
“Agora está mais fácil obter vistos para um investidor entrar em Angola, com permanência no país de até dois anos prorrogáveis para igual período de tempo e de residência temporária ao portador do visto que viver durante três anos de permanência ininterrupta em Angola”, acentuou o ministro de Estado para a Coordenação Económica.
Confiança recuperada
O ministro de Estado para a Coordenação Económica garantiu aos empresários estrangeiros que o Executivo está a fazer de tudo para conquistar a confiança dos empresários e reconheceu que “não é seguro investir num país quando não se tem a certeza de que a lei é aplicada de modo objectivo e de maneira igual para todos”.
Manuel Nunes Júnior acentuou que estão a ser tomadas medidas, desde Dezembro de 2018, para a instalação em Angola de um verdadeiro Estado de Direito, “em que ninguém esteja acima da lei”.
“Angola vive, actualmente, um momento diferente neste domínio”, salientou o governante, que reafirmou estar o país aberto ao investimento estrangeiro”, quando fazia menção às medidas do Programa de Solução Macroeconómica, que tem o apoio técnico e financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito de um programa de financiamento alargado.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica deu ênfase ao facto de estarem a ser implementadas acções de organização de todo um sistema que visa garantir e recuperar a confiança dos empresários.