Opinião

A Filda e o investimento privado

A Filda ( Feira Internacional de Luanda) é já sem dúvida um prestigiado certame em que empresas de várias partes do mundo aproveitam para mostrar o que sabem fazer, na perspectiva de concretizarem bons negócios entre si e de o seu desejo de investir em Angola seja viabilizado.

15/07/2019  Última atualização 08H45

As empresas existem para maximizarem lucros e é normal que, por ocasião da realização da Filda, muitas empresas angolanas e estrangeiras queiram expandir os seus negócios e aproveitar as oportunidades que lhe são oferecidas pelo mercado.
A Filda constitui um certame em que as empresas dão a conhecer as suas potencialidades e o que podem oferecer em termos de investimento, de que Angola precisa. O nosso país quer relançar o sector produtivo e é bom que promova feiras que possam trazer para o mercado empresas especializadas em diferentes ramos de actividade produtiva e que estão interessadas em investir em Angola.
O ambiente de negócios que se está a criar no país vai no sentido de permitir que o investidor privado, nacional e estrangeiro, não encontre pelo caminho barreiras desnecessárias para realizar negócios. Quanto mais investidores privados tivermos no país, melhor para a economia, que precisa de ser aquecida por investimento no sector produtivo.
Participaram na Filda mais de setecentas empresas de 22 países, o que prova o crescente interesse de empresários de várias partes do mundo em instalar-se em Angola, onde há grandes oportunidades de negócios.
Importa entretanto que se dê a conhecer a potenciais investidores estrangeiros a legislação angolana em vigor sobre o investimento privado, para que estes possam saber com o que contar, quando estão a fazer negócios no país. Angola tem todo o interesse em atrair investimento privado estrangeiro, porque até não são muitas as empresas angolanas que têm capitais para investir no sector produtivo.
É fundamental que o potencial investidor privado estrangeiro tenha facilmente acesso à nossa legislação sobre investimento, para poder fazer as opções que entender que servem os seus interesses. Nenhum empresário, digno desse nome, investe para perder dinheiro. E quando toma a decisão de investir quer operar num mercado em que há um ambiente em que as regras reguladoras do mercado estão bem claras.
Os empresários gostam de correr riscos, mas não os riscos demasiado onerosos que possam afectar negativamente os seus negócios. É importante que o nosso país ofereça as condições necessárias para que os empresários que queiram instalar-se em Angola se sintam incentivados a colocar em Angola capital financeiro e conhecimento.
O investidor estrangeiro, ao instalar-se em Angola, pode, além de ganhar dinheiro, dotar quadros nacionais de elevadas competências. O país fica a ganhar se os quadros nacionais puderem ter acesso ao conhecimento que têm empresas doutros países. É necessário entretanto que os processos visando viabilizar o investimento privado estrangeiro sejam céleres, mas sempre respeitando as nossas leis e sem prejuízo para o Estado. O sector produtivo angolano poderá conhecer um grande progresso se se souber dar um tratamento adequado às propostas de investimento privado no país.
A Filda, ao atrair muitas empresas estrangeiras, pode ajudar as autoridades a tomar decisões sobre a viabilidade deste ou daquele investimento, em função das exposições de produtos na feira e de informações que naturalmente o potencial investidor faz questão de transmitir.

 

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