Economia

CaixaBank sem pressa de vender participação

O grupo espanhol CaixaBank manifestou-se “muito satisfeito” com a evolução da economia angolana e sem pressas para vender a participação de 48,1 por cento que tem no banco BFA, noticiou ontem a agência Lusa.

28/07/2019  Última atualização 08H14
DR © Fotografia por: Accionista diz que BFA tém uma gestão boa e rentável

“Vemos com satisfação que o BFA continua a ter uma gestão boa e rentável e temos muita paciência na procura do momento e da forma para reduzir a nossa participação” no banco, disse o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, aos jornalistas na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo bancário, em Valência, Espanha.
Os lucros do CaixaBank no primeiro semestre do corrente ano foram de 622 milhões de euros, que incluem os 46 milhões de dividendos que recebeu da participação que tem no BFA através da sua filial portuguesa, o BPI.
Gonzalo Gortázar manifestou-se “muito satisfeito com a evolução da economia angolana e, sobretudo, as medidas que estão a ser tomadas pelo Governo”, tendo dado como exemplos “o empréstimo (concedido pelo Banco Mundial) de mil milhões realizado a uma taxa de juro de 3,5 por cento, a desvalorização da moeda e a luta contra a corrupção”. Tudo medidas “na boa direcção” que fazem parte “de um processo correcto da evolução da economia”, resumiu.
O BPI tem 48,1por cento do BFA desde o início de 2017, quando vendeu 2,0 por cento do banco angolano à operadora Unitel, mas tem uma recomendação do Banco Central Europeu (BCE) para reduzir ainda mais a operação no mercado angolano.
O ano passado, o BPI admitiu vender em bolsa as acções do BFA quando este fosse cotado, depois de Isabel dos Santos (accionista da Unitel, a empresa que tem a maioria do capital do angolano BFA) ter dito que poderia avançar com um IPO [initial public offering] do BFA.
O?BFA é participado em 51,9 por cento pela Unitel, tendo o BPI 48,1 por cento (e apenas dois administradores não executivos).