Economia

França garante que Centeno está de fora da corrida ao FMI

Bloomberg e Financial Times avançaram hoje a "short list" de nomes para suceder a Christine Lagarde tinha sido reduzida a três -- com o ministro das Finanças português fora da corrida -- mas agora esta informação foi corrigida.

29/07/2019  Última atualização 23H13
DR © Fotografia por: Ministro das Finanças português, Mário Centeno

O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, garantiu que a lista de potenciais candidatos à liderança do FMI continua a conter cinco nomes, entre eles o do atual ministro das Finanças português, Mário Centeno.

A informação surgiu em reação às notícias avançadas durante a manhã pela Bloomberg e pelo Financial Times que, citando duas fontes ligadas ao processo, davam conta que apenas três nomes já estavam a ser considerados, excluindo Mário Centeno.

A França está a liderar o processo de sucessão de Christine Lagarde, que irá liderar o Banco Central Europeu, em nome da União Europeia. O porta-voz de Le Maire confirmou que no passado fim de semana houve uma primeira ronda de conversações sobre o assunto, para medir temperaturas relativamente aos apoios que cada candidato poderá obter, mas garantiu que nenhum dos nomes da referida "short list" foi deixado de fora.

Segundo disse à Bloomberg um responsável pelas negociações, durante o dia de hoje e amanhã, terça-feira, estes contactos continuarão a ser realizados, com o objetivo de se chegar a um consenso até ao fim da semana.

Além de Mário Centeno, estão na "short list" a diretora geral do Banco Mundial, a búlgara Kristalina Georgieva, o holandês Jeroen Dijsselbloem (ex-ministro das Finanças da Holanda e ex-presidente do Eurogrupo), Nadia Calvino (ministra espanhola da Economia) e Olli Rehn (governador do Banco Central da Finlândia).

Costa disse que era uma hipótese, não um objetivo

António Costa tinha admitido em meados deste mês, numa entrevista à rádio Observador, a possibilidade de o ministro das Finanças vir a liderar o FMI. "É uma hipótese" a ser considerada "mas não é objetivo", defendeu, acrescentando que "neste momento é prematuro estar a fazer juízos de probabilidade".

O primeiro-ministro abordou também a hipótese de Mário Centeno ocupar uma pasta na futura equipa da Comissão Europeia na área da gestão do euro, a esse propósito, referiu já ter conversado com a nova presidente, a germânica Ursula Von der Leyen, tendo então ficado acordado que cada país apresentaria sempre dois nomes, um de cada género.

"Da nossa parte, foi dito [a Ursula Von der Leyen] quais as nossas preferências em matéria de responsabilidades na Comissão Europeia e que os nomes que apresentaríamos seria em função dos pelouros", esclareceu António Costa. E adiantou que, para Portugal, "era importante ter alguém a assumir uma função na área dos fundos europeus ou do orçamento".