Economia

Executivo apresenta resultados do Planageo em Outubro

O Executivo apresenta em Outubro próximo alguns resultados do Plano Nacional de Geologia (Planageo), cuja implementação enfrenta dificuldades financeiras, anunciou o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos.

08/08/2019  Última atualização 00H01
DR © Fotografia por: Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo

Diamantino de Azevedo, que falava ontem no final da cerimónia de abertura das II Jornadas Científicas da Associação Angolana de Mulheres em Geociências, disse que o Planageo "não parou", mas devido aos recursos exíguos que o país possui houve a necessidade de se fazer readaptações, em linha com os recursos disponíveis.

"Nós esperamos, em breve, possivelmente em outubro, num 'workshop' internacional que realizaremos no Lubango [província da Huíla] sobre rochas ornamentais, fazer já apresentação de alguns resultados obtidos no Planageo e pensamos também, possivelmente em novembro, organizaremos uma conferência internacional sobre o sector mineiro em geral, apresentar também já alguns resultados alcançados pelo Planaego", avançou.

Segundo o ministro, o Planageo também possui a componente de infraestruturas, pelo que deverá ser feita, durante o 'workshop' na Huíla, a inauguração do Laboratório do Instituto Geológico, no sul de Angola.

"O que nós queremos já, e um pouco fora do âmbito do Planageo, - não estava previsto mais uma iniciativa nova - especializar este laboratório para questões da hidrogeologia", disse.

Outra infraestrutura também fora da componente do Planageo, mas que será inserida nessa estrutura no sul de Angola, é o centro de valorização de rochas ornamentais, para facilitar o investimento nesse sector, afirmou o ministro.

"Está também em conclusão, praticamente no fim, as novas instalações do Instituto Geológico aqui em Luanda, na cidade do Kilamba, que possui também laboratórios gerais, isto também temos previsto para este ano e para o próximo ano pensamos concluir o Laboratório na Lunda Sul, em Saurimo, onde, já fora do âmbito do Planageo, devido também à falta de recursos, estamos a trabalhar com a Endiama e os seus parceiros, para que apoiem a especialização desse laboratório para apoio à prospecção de diamantes", disse.

"E assim teremos já em breve, no prazo que apresentei, a conclusão de parte dos resultados preconizados no Planageo e não só", ajuntou. O Planageo, um levantamento aéreo do potencial geológico de Angola, foi lançado em maio de 2014, num investimento de 405 milhões de dólares (quase 362 milhões de euros) e incluía a realização também, até à sua conclusão, prevista para 2017, da recolha e análise de amostras.

O projecto inclui também a construção dos laboratórios regionais do Lubango e Saurimo, para o tratamento e análise de amostras, no âmbito do levantamento do potencial mineiro angolano, bem como a construção de um Laboratório Geoquímico Central, em Luanda, cujo início de funcionamento estava previsto para o primeiro trimestre de 2016.

Estima-se que Angola, com um território de 1,2 milhões de quilómetros quadrados, terá potencial para produzir 38 dos 50 minerais mais procurados no mundo, nomeadamente ouro e ferro.
 

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