“Maria Joana da Piedade é uma mulher que não olha para trás quando o problema é prestar serviço de enfermagem aos moradores da Cabala, uma comuna do distrito urbano de Catete, município de Icolo e Bengo, muito distante da sua área de residência.
Elisandra Adelina Pedro Isaac nasceu em 1991, no Lubango, filha de Júnior Epalanga Isaac e de Ana Pedro Ndemupuomata.
Elisandra Isaac cresceu no Tchivinguiro onde fez o ensino de base na escola do Campo do Tchivinguiro, mas após o falecimento do pai, a mãe decide voltar para a sua terra natal, o Cunene, onde ela conclui o segundo ciclo liceal.
Primeira filha de quatro irmãos pela parte materna, Elisandra Isaac aprende desde muito nova, por orientação da mãe, a desenvolver actividades domésticas e a cuidar dos irmãos mais novos. Não teve uma infância de miséria nem de necessidades extremas, revela, a mãe era engenheira agrónoma formada em Cuba e professora. Depois de ter perdido o pai e ter ido para o Cunene, a situação ficou muito complicada para a família, que perdeu uma parte dos proventos. “Vi a minha mãe erguer a sua casa, regámos cada bloco, ela foi sempre a dona de casa ao mesmo tempo que trabalhava como professora de noite e numa ONG o dia todo.”
A mãe de Elisandra Isaac não permitia que os filhos se desviassem do esforço comum e teve um papel fulcral na educação de Elisandra Isaac, que é mandada fazer o ensino médio num colégio do Lubango, para não voltar a reprovar como tinha acontecido na sétima classe, “devido à intensidade das tarefas de casa”. Elisandra Isaac, desde muito jovem, tinha a responsabilidade de cuidar dos irmãos e inclusive de os levar, sozinha, às urgências hospitalares, prejudicando os estudos.
Em 2014, com 14 anos, Elisandra Isaac parte sozinha para o Lubango onde vive com os padrinhos. Elisandra Isaac começou a sentir nostalgia de ter um pai, a orfandade afectava-a, queixava-se à mãe mas Dona Ana Pedro era implacável: “Lembras o que te levou para aí?... Então estuda!”
Elisandra Isaac volta para o Cunene em 2010, ingressa na Faculdade de Agronomia, mas sente não ser esta a sua vocação. Nesse ano engravida e vive com o rapaz com quem namorava, ambos ainda muito jovens. “Ele começou a beber muito e fez-me viver um relacionamento abusivo a todos os níveis, comecei a entrar em depressão e muitas vezes pensei em tirar a minha própria vida.”
Após sete anos de vida conjugal fracassada e com três filhos, Elisandra Isaac separa-se do marido e termina o ensino superior em Agronomia, ingressando como professora no Instituto de Administração e Serviços de Ondjiva, mas quis ir mais longe, faz uma formação em empreendedorismo e foi seleccionada como formadora provincial.
O salário de Elisandra Isaac não chegava e ela então lança-se em pequenos negócios de venda de cestas artesanais e outros artefactos que ela própria fabrica, e também de flores, que expõe numa rulote, fazendo parceria com jovens artistas plásticos que não tinham onde vender os seus quadros.
Não era uma vida fácil, quem mandava andava sempre a implicar com a rulote de Elisandra Isaac.
Decide então mudar de novo a sua vida e começa a dar palestras de empreendedorismo aos jovens, com base na sua experiência de vida.
“Voltei a ter brilho nos olhos e paixão pela vida. Passei a investigar mais sobre o mundo do empreendedorismo e hoje tornei-me uma referência positiva na minha cidade, não por ser a mais bem sucedida mas por me preocupar sempre em ensinar bem.” A mãe de Elisandra Isaac é referência e exemplo. “Lembro-me de ter ouvido pela primeira vez ela falar do cancro da mama, incentivei as minhas amigas médicas a criarmos um movimento de luta contra o cancro da mama aqui em Ondjiva, hoje estamos associadas e trabalhamos muito.”
“Gratidão, gratidão, gratidão, é preciso saber agradecer para ser abençoado” é um pensamento-guia de Elisandra Isaac.
Elisandra Isaac decidiu ser uma mulher independente, pagar as suas contas, sustentar os filhos e começou por fazer trabalhos de decoração com os poucos recursos que tinha. “Sacrificava-me muito pois muitas vezes os trabalhos eram feitos de noite e nos finais de semana.”
Hoje, a menina que saiu do Cunene para estudar na Huíla e à casa regressou, é reconhecida na sua cidade, Ondjiva, como a jovem que tem o próprio negócio, é empreendedora e palestrante motivacional.
“Nunca tive vergonha de trabalhar duro para outros, de trabalhar até tarde, sempre soube que é o único caminho para nós, os filhos dos pobres.”
Elisandra Isaac conclui: “Sou vencedora pois dei a volta por cima e gostava que as jovens mulheres aprendessem isso.”
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Escolhido pelo público, do início ao fim. Da primeira à última decisão popular, muita coisa aconteceu com o jovem brasileiro de 21 anos, morador da Bahia, nordeste do Brasil, durante os 100 dias em que esteve confinado na casa mais vigiada (Big Brother Brasil 2024). Davi Brito, ex-motorista de aplicativo foi amado pelas suas qualidades e venceu esta edição com 60,52% dos votos, tendo conquistado o prémio de 2.920.000 reais e um carro. Nesta entrevista exclusiva ao JA Online, o milionário fala sobre a determinação no jogo, do sonho de ser médico-cirurgião para dar orgulho à sua mãe e agradece o apoio dos fãs.
Os deputados da 4ª. Comissão Especializada (Administração do Estado e Poder Local) da Assembleia Nacional mantiveram, quinta-feira, com o Governo Provincial de Cabinda, um encontro de balanço da visita de quatro dias, que realizaram naquela região.
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