O vice-governador do BNA declarou ontem que vai decorrer algum tempo para que a taxa de câmbio atinja o equilíbrio depois da liberalização do mercado cambial há uma semana, assegurando “não existirem para já razões de preocupações especiais”.
Rui Miguêns, que participava na Conferência sobre Governação Corporativa no Sector Bancário, indicou que o BNA continua a observar o desenvolvimento desse processo e haver certeza que as metas preconizadas pela decisão de liberalizar o câmbio vão ser atingidas.
“Precisamos de chegar a uma taxa que seja formada com aquilo que é a procura e a capacidade do mercado fornecer em termos de moeda estrangeira”, apontou, acrescentando que, até agora, não foi registado qualquer desenvolvimento anormal nesse processo, havendo uma monitorização muito próxima de todos os desenvolvimentos à volta da evolução da taxa de câmbio.
O vice-governador do BNA declarou, nessa mesma acepção, não ter havido qualquer injecção anormal de kwanzas no sistema bancário nas duas últimas semanas, reconhecendo, entretanto, um nível de liquidez superior ao que a economia pode comportar.
“Temos é um nível de liquidez em kwanzas na economia que é o superior ao que seria o desejável nessa altura face à actividade económica que o país tem e, por isso, é que o banco central também tem desenvolvido a sua função de regulador do mercado”, afirmou Rui Miguêns para explicar as hipóteses por detrás da evolução do câmbio ao longo do mês de Outubro.
O vice-governador revelou estatísticas que indicam um aumento da base monetária em Agosto, mas que não foram registadas ocorrências estranhas ao sector financeiro, no que considera serem “evoluções normais da execução da actividade financeira e económica do Estado, empresas e particulares”.
O responsável anunciou ainda eventuais medidas para controlar o excesso de liquidez, como o aumento das reservas obrigatórias e “a reactivação de instrumentos que já existem, como são as operações de mercado aberto”.
Novas regras
O governador do BNA, que participou na conferência, anunciou a elaboração de novas regras sobre governação corporativa que de-vem entrar em vigor em 2020, num processo que conta com o apoio e a parceria do Fundo Monetário Internacional (FMI).
José de Lima Massano disse que entre as mudanças previstas está a integração de um número maior de administradores independentes na estrutura de governação dos bancos comerciais, para dar maior confiança ao regulador, supervisor e ao mercado.
“Queremos uma Lei do Banco Central moderna. Parte daquilo que hoje temos como adesão voluntária nas nossas regras passará a ser de adesão obrigatória. O que ainda é uma opção para alguns, passará a ser uma obrigação nos termos da regulamentação que pretendemos publicar em 2020”, sublinhou.
A lei do Banco Nacional de Angola (16/10, de 15 de Julho) atribui carácter facultativo para constituição das administrações dos bancos comerciais, podendo estes ter uma administração executiva e um conselho de administração não executivo.
O governador reiterou na conferência, realizada em alusão ao Dia Mundial da Poupança, assinalado ontem, que os níveis de acesso da população aos serviços bancários “ainda são relativamente baixos”, cerca de 30 por cento, perspectivan-do atingir os 50 por cento até 2022.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A embaixadora de Angola no Reino dos Países Baixos, Maria Isabel Encoge, destacou, ontem, o potencial turístico das zonas abrangidas pela linha ferroviária do Corredor do Lobito e as paisagens inexploradas da região como um dos expoentes para mobilização de investidores holandeses.
A Lei de Combate à actividade mineira ilegal justifica-se por razões de segurança territorial, mas sobretudo, por razões económicas, ambientais, de saúde pública e de preservação das políticas e estratégias do Estado para o sector, afirmou o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jâneo Correia Victor.
O Projecto de Lei da Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais, elaborado pelo Grupo Parlamentar da UNITA, foi entregue ao gabinete da presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, depois de ter recebido contribuições da sociedade civil no país e na diáspora.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) planeia contribuir com mais de 235 milhões de dólares para apoiar os objectivos de desenvolvimento de Angola nos próximos cinco anos.
O ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, mostrou-se, ontem, regozijado pelo desempenho dos atletas, a conquista do segundo lugar no Campeonato Africano de Futsal e garantiu total apoio à Selecção sénior masculina para o próximo Campeonato Mundial.