A secretária-geral da Federação de Mulheres Empreendedoras de Angola (FMEA), Henriqueta de Carvalho, reconheceu, em entrevista ao Jornal de Angola, que algumas associadas atravessam sérios problemas de liquidez devido à situação económica e financeira que o país atravessa.
Henriqueta de Carvalho referiu que há casos de associadas que, devido aos baixos rendimentos das empresas e aos tributos regulares que pagam ao Estado, foram obrigadas a passar para a informalidade para poderem sobreviver face à precariedade nas vendas.
Adiantou que o mercado de consumo reduziu drasticamente, com a agravante de muitos produtos que serviam de matéria-prima terem os seus preços especulados com a implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).”
Informou que a FMEA é um conjunto de associações compostas por micro, pequenas e médias empresas, em todas as áreas, desde a construção civil ao comércio. E todas as associadas se deparam com a falta de investimentos e quebra do mercado de consumo.
Referiu que a desvalorização do kwanza face ao dólar norte-americano aumenta o fosso na aquisição de bens e serviços.
“Na verdade, acreditamos que deveria haver mais consciencialização e sensibilização sobre o IVA, porque alguns agentes aproveitam-se do sistema precário de fiscalização para especularem os preços e tem efeito dominó, porque quem compra um produto a um preço alto terá que acrescer mais alguns dígitos para lucrar”, disse.
Acrecentou que muitas empresas dependiam da importação de matérias-primas e dos produtos que comercializam. Hoje, disse, com a dificuldade de aquisição de divisas, o mercado está virado para a produção local, mas ainda não satisfaz a procura.
Henriqueta de Carvalho referiu que o país está numa nova fase, de criar condições internas, para impulsionar a produção local e este processo de ajustamento da política do Estado tem obrigado a que os empresários se reinventem na nova abordagem do mercado, que perdeu o poder de compra.
Formação dos associados
Com representação em todo o país e cerca de 4 mil associadas, a FMEA tem levado ao conhecimento das filiadas acções de mobilização e consciencialização para adesão aos projectos governamentais, direccionados ao empresariado nacional, como o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi) e o Plano de Acção e Promoção da Empregabilidade (PAPE), que tem como objectivo reduzir a taxa de desemprego, combater a pobreza, a vulnerabilidade e fazer a economia crescer.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A embaixadora de Angola no Reino dos Países Baixos, Maria Isabel Encoge, destacou, ontem, o potencial turístico das zonas abrangidas pela linha ferroviária do Corredor do Lobito e as paisagens inexploradas da região como um dos expoentes para mobilização de investidores holandeses.
A Lei de Combate à actividade mineira ilegal justifica-se por razões de segurança territorial, mas sobretudo, por razões económicas, ambientais, de saúde pública e de preservação das políticas e estratégias do Estado para o sector, afirmou o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jâneo Correia Victor.
O Projecto de Lei da Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais, elaborado pelo Grupo Parlamentar da UNITA, foi entregue ao gabinete da presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, depois de ter recebido contribuições da sociedade civil no país e na diáspora.
A provedora de Justiça, Florbela Araújo, assegurou, ontem, em Luanda, que os órgãos da Administração Pública têm cooperado na resolução de conflitos de ilegalidade e injustiça apresentados pelos cidadãos.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) planeia contribuir com mais de 235 milhões de dólares para apoiar os objectivos de desenvolvimento de Angola nos próximos cinco anos.