Opinião

Cartas do Leitor

Encerramento de estabelecimentos comerciais Estou satisfeito com o facto de se estar a encerrar estabelecimentos comerciais que vendem produtos sem as condições que a lei impõe, pondo em perigo a saúde das pessoas. Tenho acompanhado o trabalho que o INADEC (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor) e verifico que desde há algum tempo esta instituição tem trabalhado intensamente para proteger os cidadãos de práticas ilegais de comerciantes que não se preocupam com a saúde dos consumidores. Espero que a actividade do INADEC se estenda por todo o território nacional, para se acabar com situações que podem pôr em perigo vidas humanas. Que as entidades competentes dotem o INADEC dos meios necessários para fazer o seu trabalho com eficiência, porque todos nós, pobres e ricos, vamos beneficiar da actuação célere e rigorosa do referido instituto. É preciso também prestar atenção aos produtos que são vendidos nas grandes superfícies comerciais e não apenas nos pequenos estabelecimentos. Muita gente pode pensar que as grandes superfícies comerciais não cometem irregularidades. Todo o cuidado é pouco. No nosso país, violam-se com muita frequência as leis, porque vivemos durante muito tempo num ambiente de total impunidade, o que encorajava os infractores ao nível da actividade comercial. Aproveito este espaço para encorajar o director-geral do INADEC a prosseguir o trabalho em prol da defesa do consumidor e a ter coragem, porque vai enfrentar muitos problemas que podem ser colocados por gente que acha que está acima da lei. Faça, senhor director do INADEC, o seu trabalho, no interesse de milhares de consumidores. Arménio João | Ilha de Luanda

15/11/2019  Última atualização 09H47

O investimento privado e a formação 

Tenho-me apercebido que muitas empresas estrangeiras querem investir em Angola, porque entendem que no nosso país há muitas oportunidades de negócio. Penso, que os nossos quadros devem adquirir, cada vez mais, competências para poderem ter a possibilidade de serem absorvidos por empresas que vêm a Angola investir. Há empresas estrangeiras que se instalam em Angola e têm de contratar técnicos dos seus países, porque muitas vezes não há quadros angolanos capazes de executar determinadas tarefas. Penso que as nossas universidades e escolas do ensino médio e técnico - profissional devem estar atentas a este movimento de entrada de investidores estrangeiros no país, adoptando programas de ensino que se adaptem às exigências do mercado de trabalho.
Daqui a algum tempo vai haver transformações na estrutura do mercado de trabalho., com o aumento do investimento privado estrangeiro. É preciso que os angolanos comecem já a preparar-se para esta nova realidade. As nossas escolas de ensino superior e médio têm de ter a preocupação primeira de formar quadros altamente competentes.
Que importa a fama de uma escola por atribuir anualmente muitos diplomas, quando no mercado de trabalho pode valer muito pouco, em termos de reais competências e habilidades?
Filomena Afonso Talatona

Especial