Política

MPLA destaca equilíbrio

O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA afirmou, ontem, que o OGE para 2020 apresenta os equilíbrios possíveis e necessários para que estejam assegurados os compromissos que o Estado se propõe cumprir.

20/11/2019  Última atualização 12H42
Angop © Fotografia por: Américo Cuononoca

Américo Cuononoca recomendou, entretanto, o aumento dos esforços na dinamização da obtenção de mais receitas fora do sector petrolífero, bem como a busca de uma melhoria qualitativa da despesa, a bem da manutenção dos serviços essenciais às populações.
“O Grupo Parlamentar do MPLA aplaude a inclusão, neste OGE, de um conjunto de acções visando a melhoria das condições de vida dos cidadãos, as quais estão previstas nos diferentes programas apresentados na proposta”, disse o deputado.
Amélia Judith, que apresentou a declaração política do Grupo Parlamentar da UNITA, sublinhou o facto de, em 2020, o serviço da dívida passar a representar 101 por cento do OGE de 2018.
“Isso quer dizer que a situação se deteriorou imenso, a tal ponto que uma fortuna avaliada em 33,4 mil milhões de dólares, como foi o caso do primeiro Orçamento do Presidente João Lourenço, em 2018, daria apenas para cobrir parte do serviço da dívida esperada para 2020”, disse.
A deputada referiu que, além do serviço da dívida, existe ainda aquilo que considera ser “o fardo dos fardos”, que é o stock da dívida ou simplesmente dívida acumulada, que já tende para 100 por cento PIB.
O presidente do grupo parlamentar da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, entende que o Executivo ainda não foi capaz de dar respostas céleres aos graves problemas que estão a embaraçar a vida dos cidadãos. “Dá-nos a impressão que o Executivo está a ser influenciado por pressão externa longe da realidade de Angola e da cultura genuína dos angolanos”, afirmou.
O deputado Benedito Daniel, do PRS, falou sobre as privatizações das empresas do Estado e o uso dos seus rendimentos para reduzir a dívida e o custo anual de manutenção da dívida. O deputado salientou o facto de, no país, surgirem impostos numa economia que não cresce de maneira sustentável “porque o Estado não está em condições de promover, sozinho, o crescimento económico”.
Para o deputado Lucas Ngonda, da FNLA, a produção nacional não passou apenas de feira de bananas, indústrias de água mineral e bebidas gaseificadas.

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