Economia

Há dinheiro para emprestar

O secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária anunciou quarta-feira, no município do Cuvango (350 quilómetros a leste da cida-de do Lubango), que já há condições para conceder crédito aos projectos agro-pecuários viáveis.

06/12/2019  Última atualização 10H54
Arão Martins | Edições Novembro © Fotografia por: Secretário de Estado declara apoio a projectos viáveis

José Carlos Bettencourt falava à imprensa no final da visita que representantes da Comissão Económica do Conselho de Ministros, liderados pelo secretário do Presidente da República para a Área Produtiva, Isaac dos Anjos, efectuaram a projectos agro-pecuários da Mumba e Agricuvango. 

Os ministérios das Finanças e da Economia e Planeamento, assim como a banca, já têm os apoios para dar aos agricultores. “Já há recursos para darmos os apoios aos agricultores. As únicas coisas que estamos a exigir é rigor na selecção dos projectos a serem financiados e a terem acesso ao crédito”, informou.
“O mais importante é que, neste momento, já podemos dar crédito aos agricultores com empreendimentos, com rigor e com a certeza de que esse dinhei-ro possa vir a dar resultados”, disse.
O secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária pronunciou-se também sobre os dois projectos agro-pecuários visitados pela delegação, considerando-os empreendimentos que merecem, da parte do Executivo, toda a atenção e apoio possível, por serem investimentos do género que o país precisa.
“Temos aqui um investimento que vai permitir produzir milho em quantidades que tornam possível substituir as importações tanto da fuba de milho, como do próprio grão de milho”, afirmou, lembrando que, actualmente, para produzir uma ração animal, por exemplo, “temos que importar farelo de soja a custos muito elevados”.
“Se produzirmos no país, vamos reduzir substancialmente estes custos e satisfazer um número maior de produtores agropecuários. Isso vai permitir transformar esta proteína vegetal que temos aqui, no Cuvango, em proteína animal, fazendo com que mais população tenha acesso à proteína animal”, salientou.

Combustível agrícola
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária informou que as acções que visam subsidiar os combustíveis decorrem sem sobressaltos. “O subsídio dos combustíveis aguarda única e simplesmente que se retire os outros subsídios. O combustível, neste mo-mento, é subsidiado. Sendo assim, não há necessidade e seria incorrecto ter um subsídio em cima do outro”, explicou.
José Carlos Bettencourt declarou que, além do combustível agrícola, é necessário encontrar formas de maximizar os rendimentos, com o aumento do rendimento por hectare.
“Podemos equilibrar o custo da produção das duas formas, mas a melhor faz-se pelo aumeno do rendimento por hectare. É o melhor caminho para reduzir os custos de produção”, referiu.