O Papa Francisco encorajou, ontem, o impulsionar do diálogo político do Quarteto da Normandia para resolver o “doloroso conflito” no Leste da Ucrânia, um dia antes dos líderes desse país e da Alemanha, França e Rússia voltarem a reunir-se.
“Acompanho esse encontro com uma oração intensa, pois ali há necessidade de paz, e convido-vos a fazer o mesmo para que essa iniciativa de diálogo político contribua para dar frutos de paz nesse território e ao seu povo”, disse o líder da Igreja Católica, após a oração do Ângelus aos fiéis que assistiram ao momento religioso na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
O Papa referia-se à reunião do chamado Quarteto da Normandia, que se realiza hoje, em Paris, com a presença do Presidente ucraniano Volodímir Zelenski, o líder russo Vladimir Putin, o francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel.
Esta vai ser a primeira reunião desse nível desde 2016, da qual se espera um novo impulso para uma solução de diálogo para o conflito no Leste da Ucrânia, que eclodiu em 2014 entre separatistas pró-russos e tropas de Kiev.
Na reunião de hoje do Quarteto da Normandia, em Paris, os líderes de França e Alemanha vão procurar recuperar um acordo de 2014 para sanar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O foco da reunião será o conteúdo do acordo de Minsk - que propôs um cessar-fogo imediato, a retirada de armas pesadas, a restauração do controlo territorial na fronteira com a Rússia por parte de Kiev e maior autonomia para a zona sob controlo separatista – que, apesar de assinado em Setembro de 2014, nunca chegou a entrar em vigor.
O porta-voz do Governo de Moscovo, Dmitri Peskov, fala mesmo da possibilidade de um novo documento, “não vinculativo”, que pode vir a ser adoptado no final da cimeira de Paris e que retome algumas das ideias do protocolo de Minsk.
Contudo, o antecessor de Zelenskiy no cargo, Petro Poroshenko, deixou-lhe um conselho, na véspera da cimeira de Paris: “Nunca confie em Putin”.
Do Palácio do Eliseu, um comunicado anunciou a cimeira de Paris como acontecendo após “um progresso significativo, desde as negociações do Verão passado para uma solução no conflito no leste da Ucrânia, progresso esse que já permitiu a retirada de tropas em diversas áreas de fronteira”.
Ucrânia e Rússia têm trocado prisioneiros e retiraram soldados de várias regiões de conflito num sinal de boa vontade mútua, reconhecida pelos negociadores de paz.
Na sexta-feira, o Presidente ucraniano visitou as suas tropas na frente de combate contra os activistas pró-russos, junto à fronteira com a Rússia, para lhes dizer que, apesar de todas as dúvidas, “é mais fácil ir para a mesa das negociações” sabendo do seu apoio no campo de batalha.
O conflito entre a Ucrânia e os separatistas pró-russos já provocou mais de 13 mil mortos e o processo que levou à adesão da Crimeia à Rússia, em 2014, deixou feridas que ainda estão por sarar.
A União Europeia e os Estados Unidos acusam Moscovo de financiar e armar os rebeldes pró-russos, o que o Presidente Vladimir Putin tem negado, devolvendo as críticas a Kiev, a quem imputa responsabilidade pelo impasse nas negociações.
O Quarteto da Normandia tem procurado várias soluções diplomáticas, sobretudo através de conversas telefónicas entre os líderes e, em vários momentos, juntando o apoio de países como a Bielorrússia, Itália e Reino Unido, mas sem grande sucesso.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A embaixadora de Angola no Reino dos Países Baixos, Maria Isabel Encoge, destacou, ontem, o potencial turístico das zonas abrangidas pela linha ferroviária do Corredor do Lobito e as paisagens inexploradas da região como um dos expoentes para mobilização de investidores holandeses.
A Lei de Combate à actividade mineira ilegal justifica-se por razões de segurança territorial, mas sobretudo, por razões económicas, ambientais, de saúde pública e de preservação das políticas e estratégias do Estado para o sector, afirmou o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jâneo Correia Victor.
O Projecto de Lei da Institucionalização Efectiva das Autarquias Locais, elaborado pelo Grupo Parlamentar da UNITA, foi entregue ao gabinete da presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, depois de ter recebido contribuições da sociedade civil no país e na diáspora.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) planeia contribuir com mais de 235 milhões de dólares para apoiar os objectivos de desenvolvimento de Angola nos próximos cinco anos.
O ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, mostrou-se, ontem, regozijado pelo desempenho dos atletas, a conquista do segundo lugar no Campeonato Africano de Futsal e garantiu total apoio à Selecção sénior masculina para o próximo Campeonato Mundial.