A titular do Ambiente em Angola, que discursava na Conferência sobre Alterações Climáticas (COP 25), que encerra amanhã, lembrou que para alcançar os objectivos dos acordos internacionais, particularmente o “Acordo de Paris”, é imprescindível a construção de um ambiente conducente à acção climática de cada um dos países.

A ministra destacou algumas acções desenvolvidas pelo Governo angolano em resposta às questões ambientais, entre as quais o engajamento de Angola na Iniciativa Transfronteiriça do Mayombe, apoio na preservação dos recursos florestais, criação de novas áreas de conservação e aprovação da Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2019-2030.
Segundo a ministra, a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2019-2030 é das prioridades do Plano Nacional de Desenvolvimento e define como visão estratégica, uma Angola adaptada aos impactos das alterações climáticas, com desenvolvimento do baixo carbono.
“Embora o nosso país contribua de forma reduzida para a actual concentração de gases com efeito estufa, necessitamos de adoptar modelos de desenvolvimento de baixo carbono”.
De acordo com a responsável, o Governo angolano considera as alterações climáticas um dos maiores desafios que a humanidade enfrenta. Lembrou os efeitos nefastos das alterações climáticas, como as evidências de um encurtamento e agravamento do ciclo de cheias e secas que assola o centro e sul de Angola. Alertou que estes prejuízos impõem às autoridades a necessidade de ajustar os modelos de desenvolvimento.
Angola é membro fundador do Fundo Azul, um instrumento financeiro da região central africana, cujo objectivo é apoiar financeiramente a implementação de projectos de integração das comunidades na preservação e gestão sustentável dos recursos florestais da bacia do Congo.
A 25ª Conferência sobre as Alterações Climáticas, que teve início no dia 2, discute a actualização dos planos climáticos dos países e o aumento das ambições até 2020, em conformidade com o Acordo de Paris.