Política

Isabel dos Santos rejeita alegações

A empresária Isabel dos Santos afirmou que nunca foi notificada ou ouvida no âmbito do processo que levou ao arresto das suas contas em Angola e alega que as medidas são “politicamente motivadas”.

03/01/2020  Última atualização 10H51
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Em comunicado, a empresária afirma que também nunca foi “notificada pela Procuradoria-Geral da República ou citada pelo Tribunal Provincial de Luanda”, desconhecendo o teor da acusação, ao mesmo tempo que denuncia que “não teve oportunidade de apresentar defesa”.
De acordo com a PGR, Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, e Mário Silva celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal.
“Não existe racional ou justificação para o valor apresentado no despacho sentença de 1.136.966.825,56 dólares”, disse Isabel dos Santos no referido comunicado. Além das contas dos três requeridos em Angola, foram ainda arrestadas as participações de Isabel dos Santos em várias empresas como a Unitel, ZAP, BFA, Condis (responsável pela rede de supermercados Candando).
Entre as várias acusações consta que Isabel dos Santos, por intermédio do sócio Leopoldino Fragoso do Nascimento, está a tentar transferir alguns dos seus negócios para a Rússia, tendo a Polícia Judiciária portuguesa interceptado uma “transferência no valor de 10 milhões de euros que se destinava à Rússia”.
Isabel dos Santos afirma tratar-se de uma informação “falsa e forjada”, considerando também falsa a afirmação da “intervenção da Polícia Judiciária portuguesa”.
Segundo Isabel dos Santos, é ainda falsa a afirmação de que o Presidente José Eduardo dos Santos “terá orientado a Sodiam para a venda de diamantes a preços inferiores aos praticados no mercado, tal como é falsa e forjada a afirmação de que as empresas Iaxhon, Relactant, Odissey, Nemesis vendiam diamantes no exterior do país, sem que o Estado angolano tivesse qualquer visibilidade”.

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