Reportagem

Introdução de carros eléctricos reduz a poluição sonora e gasosa

Se o País apostar na utilização de carros eléctricos contribuirá na redução de emissões gasosas e da poluição sonora, defendeu o director Nacional de Tecnologias e Normalização Ambiental.

31/01/2020  Última atualização 13H07
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António Matias falava ao Jornal de Angola sobre a introdução de mil carros eléctricos no País, por uma uma empresa privada angolana, que pretende prestar serviços públicos com carros com motores de computação, de forma eléctrica.
Neste âmbito, o director Nacional de Tecnologias e Normalização Ambiental considera uma mais-valia a existência destes automóveis eléctricos no mercado angolano, visto que os transportes constituem um dos sectores mais poluentes de uma economia.
"Tivemos a oportunida-de de trabalhar com uma empresa, que apresentou a intenção da implementação de viaturas eléctricas para serviço de táxi, que é importante para o País. Sendo que, no sector dos transportes, conforme o plano estratégico das novas tecnologias ambi-entais, sobretudo, nos transportes urbanos e regionais, o plano promove e incentiva a implementação da massificação dos carros eléctricos em Angola, no sentido de melhorar o desempenho am-biental do sector dos transportes”, disse.
As tecnologias ambientais, referiu, são utilizadas em todos os sectores da economia, no sentido de se prevenir ou mitigar danos am-
bientais, com destaque, no tratamento de resíduos sólidos, líquidos, gasosos, energias renováveis e produtos químicos com baixo teor de poluição. Explicou que o Executivo aprovou o Plano Estratégico das Novas Tecnologias Ambientais, através do Decreto Presidencial 88/13, de 14 de Junho, que visa desenvolver programas e iniciativas que promovem a difusão das tecnologias ambientais e a aplicação, junto dos sectores público e privados. António Matias frisou que o programa vai também contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, nas áreas de importância estratégica, nomeadamente, os sectores dos transporte, urbanismo e construção, agricultura e floresta, indústria, ener-gia e água, petróleo, geolo-gia e minas, assim como, incentivar e suportar a aplicação das tecnologias ambientais relevantes para cada sector no contexto angolano.
“Os carros elécrticos vão reduzir muito a emisão de gases”, disse o responsável.

Taxas de importação

 

A introdução de veículos eléctricos no mercado mundial é muito recente, e actualmente está focada nos grandes mercados.
Neste sentido, para a introdução destes veículos automóveis no mercado nacional, o presidente da Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transportes Rodoviários e outros (Acetro),Nuno Borges, defende que, para que sejam dados impulsos na adesão de carro eléctrico, deve-se criar incentivos, quer nas taxas de importação, como nas taxas locais e regulação especifica.
Nuno Borges, que concorda com o director nacional de Tecnologias e Normalização Ambiental, António Matias, sobre a redu-ção de emissões de dióxido de carbono no espaço am-biente, caso forem introduzidos carros eléctricos, disse que a estabilidade no fornecimento de energia e instalação de postos de carregamento rápido, é também um elemento essencial. "Além destes factores, será necessário autorização dos fabricantes, para assim garantir assistência técnica e qualidade", reconheceu o representa-te da Acetro, que ressaltou, em termos de substituição de motores a combustão por veículos eléctricos, em comparação com a região da SADC, Eu-ropa, EUA, China e Japão, Angola apresenta ainda alguns constrangimentos como a falta de estabilidade no fornecimento de energia e de postos de carregamentos rápidos.

Gestão partilhada do Parque do Iona

Um acordo para a gestão partilhada do Parque Naciona do Iona, na província do Nami-be, é assinado hoje entre o Ministério do Ambiente e African Park, do Reino Unido.
Para o efeito, está em Lu-anda, desde segunda-feira, o secretário-Executivo da Iniciativa de Protecção de Elefantes (EPI, na sigla em inglês), Miles Geldades, a frente de uma comitiva da instituição, para uma visita de sete dias ao país.
A visita do secretário-executivo realiza-se no âmbito das actividades das celebrações da Semana do Ambien-te, que encerram hoje. Miles Geldades visita, a 1 de Fevereiro, o Parque Nacional da Quiçama.
Angola é parte da plataforma EPI e presidiu o Conselho de Ministros dos Países membros, aquando da realização das últimas conferências sobre espécies ameaçadas em extinção. Nesses eventos fez vincar a sua posição em relação aos outros países na região da SADC, sobretudo os Países que integram o corredor Okavango-Zambeze.
A visita servirá também para apresentar o plano de trabalho da instituição às autoridades angolanas, enquanto presidente do Conselho de Ministros, fazer o balanço das espécies animais, no âmbito da implementação dos planos de acção de cada País membro desta plataforma em África e abordar a possibilidade da continuidade da catalogação da abertura dos corredores para o fomento da migração das espécies em Angola.
Angola continua com a sua posição em ser o país que irá ajudar na redução da pressão sobre os recursos mais do que, o potencial do ecossistema para o habitat do elefante, cingindo apenas em ser um País de anexo 1, sendo que vai existindo pressão a nível do ecossistema, quer no Botswana onde há partilha de ecossistema dos Países do Kaza, bem como a nível da fronteira, com a vizinha República da Namíbia.
Faz ainda parte da delegação, na qualidade de parceira da Iniciativa, o Secre-
tário-Executivo da declaração de Gaberone, que trata das questões relacionadas com o Desenvolvimento sustentável para área do ambiente, com foco na biodiversidade.