A professora Guilhermina da Conceição, da nova escola do bairro Ferrovia, disse que a maioria dos alunos não compareceu. Dos 18 que constituem a turma que lecciona, apenas sete se fizeram presentes.

Sustentou que a maioria dos encarregados de educação nem sequer esteve na escola para constatar as condições de biossegurança".
O director do colégio Evangélico, Estevão Angelina, garantiu que todas as condições foram criadas para a "salvaguarda da integridade dos alunos, professores, pessoal administrativo e outros”.
Estevão Angelina referiu que não há razões para os encarregados de educação continuarem receosos, porque estão criadas as condições de biossegurança.
“A responsabilidade dos pais consiste em orientar os filhos a evitar contactos com os colegas quando estiverem além do recinto escolar", disse, acrescentando que os alunos devem estar munidos de álcool em gel.

Deficientes visuais

A falta de suportes específicos de biossegurança para os deficientes visuais está a preocupar a Associação Regional Sul dos Cegos e Amblíopes de Angola (ARSCAA).
O coordenador interino da ARSCAA, Manuel Rodrigues, disse que os deficientes visuais devem ser lembrados no que tange às medidas que facilitem o regresso à escola. “Os cegos têm a mão como meio de compensação, tocando por isso em tudo”.
“As mãos, sendo uma das vias de contaminação da Covid-19, faz com que todos os cegos estejam expostos a doença”, disse, acrescentando que um deficiente visual é acompanhado para o recinto escolar e vice-versa, não tendo por isso condições para manter o distanciamento físico com os demais colegas.