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Grupos armados atacam autocarro com escolta

Cinco pessoas ficaram, ontem, feridas quando o autocarro em que viajavam foi atingido por uma rajada de balas. O veículo seguia inserido numa escolta militar obrigatória para civis no centro de Moçambique, disseram à Lusa testemunhas e autoridades. O incidente deu-se no troço Muxungué-Inchope, junto à principal estrada de Moçambique.

08/10/2020  Última atualização 13H40
DR © Fotografia por: Veículos de transporte de passageiros têm sido o principal alvo dos ataques dos insurgentes

A Polícia, em Sofala, que confirmou o novo ataque e voltou a atribuir a violência à auto-proclamada Junta Militar da Renamo, um grupo dissidente liderado pelo general da ex-guerrilha Mariano Nhongo.
Na véspera, uma pessoa morreu após um ataque armado a um autocarro de passageiros na província do Niassa, norte de Moçambique, disse ontem à Lusa fonte policial.

A província fica adjacente a Cabo Delgado, região fustigada por uma insurgência armada há três anos, que está a provocar uma crise humanitária com mais de mil mortos e 250 mil deslocados.
“Não se trata de nenhum ataque de insurgentes. Foi um crime 'normal', um assalto à mão armada, que ocorreu de madrugada”, disse Alfredo Couana, porta-voz da Polícia no Niassa.

Segundo a Polícia, o autocarro de passageiros terá parado para remover barricadas que terão sido colocadas por um grupo de cinco pessoas num troço do distrito de Mavago e, na sequência disso, deu-se o ataque. “O motorista quis manobrar o carro e foi alvejado mortalmente”, afirmou. De acordo com a Polícia, o grupo apoderou-se de dinheiro dos passageiros, num total de 85 mil meticais (cerca de mil euros).

Combate à corrupção

Entretanto, representantes ao mais alto nível de instituições públicas moçambicanas participam, a partir de ontem, num encontro sobre prevenção da corrupção, branqueamento de capitais e crime organizado, a realizar-se através da Internet.
A iniciativa é do Projecto de Apoio à Consolidação do Estado de Direito (PACED) nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e em Timor-Leste, financiado pela União Europeia (UE), e o formato virtual é a solução face às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
O encontro, que continua nos dias 9 e 14, junta participantes “com competências legislativas, executivas e judiciais”, sob o título II Encontro de Conhecimento, Partilha de Experiências e de Boas Práticas - Prevenir e lutar eficazmente contra a corrupção, branqueamento de capitais e crime organizado.

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