Sociedade

Covid-19: Sistema de água potável instalado no Lôvua

Armando Sapalo | Dundo

Jornalista

Um sistema de abastecimento de água potável foi instalado na comunidade do Naginga, município do Lôvua, província da Lunda-Norte, no âmbito do reforço das medidas de prevenção e combate à propagação da Covid-19.

25/10/2020  Última atualização 17H48
© Fotografia por: DR
Financiado pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o sistema conta com um furo de água, dois tanques, com capacidade de armazenamento de  cinco mil litros cada, e quatro torneiras em igual número de chafarizes.
A bombagem de água é assegurada por painéis solares, que através do sistema de gravidade, permite que em duas horas  os tanques fiquem totalmente cheios com o precioso líquido.

Inês Castanheira, oficial sénior de Protecção do ACNUR, explicou que o projecto foi criado no quadro das acções que visam promover uma coexistência pacífica entre angolanos e os refugiados da República Democrática do Congo que se encontram no  assentamento do Lôvua.
Neste momento, frisou, todas as medidas de prevenção contra o novo coronavírus são necessárias, sendo a  água potável um elemento crucial não só para a  higienização constante das mãos, mas também para evitar com que as pessoas recorram aos rios para terem acesso ao precioso líquido para o consumo.

A oficial sénior do ACNUR referiu que, a par da entrega formal do sistema de água, a organização ofereceu também 80 kits de material de biossegurança às famílias do bairro Naginga.
Inês Castanheira anunciou, para breve, a entrega de outro furo de água que será instalado nas comunidades circunvizinhas ao assentamento de refugiados do Lôvua.


Satisfação

Isabel Antonica, residente no bairro Naginga, reconheceu que a instalação do sistema de água vai ajudar a minimizar as dificuldades da população, que antes tinha de  percorrer longas distâncias em busca do precioso líquido nos rios, o que levava muitas pessoas, sobretudo crianças e mulheres grávidas, a contraírem doenças.
A moradora defendeu que, para garantir a conservação e durabilidade dos equipamentos, a Administração Municipal do Lôvua deve criar condições de segurança, para  evitar a vandalização dos mesmos.

"Numa altura em que as autoridades buscam soluções para o combate à pandemia da Covid-19, a prevenção é, por enquanto, o  maior remédio, daí ser necessário a população ter acesso à água potável”, disse.
Por sua vez, o director da Energia e Águas da  Administração do Lôvua, Gildo Sacafeno, disse os habitantes da sede municipal são abastecidos a partir de uma estação de captação de 12 mil metros cúbicos. 

"A água produzida pela estação de captação é armazenada num tanque de 24 mil metros cúbicos. Actualmente existem dez  chafarizes  e 32  casas têm ligações de  água”, explicou.
Gildo Sacafeno assegurou que a Administração Municipal está empenhada em levar água potável aos aglomerados populacionais, com o objectivo de garantir a higienização e reforçar a prevenção contra o novo coronavírus. "O município do Lôvua tem muitas aldeias dispersas, que ainda carecem de serviços sociais básicos, principalmente a água potável”,  disse.