A directora do Gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Maria Luísa Martins, explicou que a iniciativa responde há uma série de inquietações apontadas pelas parteiras durante visitas de auscultação em algumas localidades no interior.

Além da componente teórica as participantes vão aprender a manusear equipamentos que compõem os kits de trabalho para realizarem as actividades na zonas onde vivem. A província, acrescentou, controla 1.600 parteiras tradicionais, das quais  mais de 1.070 beneficiaram de formação e 735 aguardam por  oportunidade de superação.
Mahalo Muhuneno, parteira tradicional há mais de dois anos, ajudou oito parturientes a darem à luz, na localidade de Muanguiji, no município de Dala, em condições precárias.

A anciã de 60 anos, que participa pela primeira vez numa formação relacionada com o ofício que desenvolve, defendeu a necessidade das autoridades providenciarem kits com meios para melhorar a assistência e atenuar o risco de contágio, sobretudo por VIH/SIDA durante o parto.

Laurinda Mucuta, com experiência acumulada há vários anos, alinha no mesmo diapasão, no sentido de mitigar o défice, em zonas com escassez de cobertura dos serviços de saúde.    
A administradora adjunta de Saurimo para Área Social, Francisca Manganda, subscreveu as contribuições avançadas pelas mulheres e defendeu a inclusão das parteiras tradicionais no sistema de cuidados primários.