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Assembleia Geral da ONU condena golpe militar em Myanmar e pede embargo de armas

A Assembleia Geral da ONU condenou sexta-feira o golpe militar de Myanmar e pediu um embargo de armas contra o país, numa resolução onde mostra ampla oposição à junta militar e exige restauração da transição democrática no país.

19/06/2021  Última atualização 13H55
© Fotografia por: DR

Os apoiantes esperavam que os 193 membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovassem a resolução por unanimidade, mas a Bielorrússia pediu uma votação e a medida foi aprovada com votos favoráveis de 119 países, a abstenção de 36 países e um voto contra da Bielorrússia.

A resolução foi o resultado de longas negociações por um denominado Grupo Central, incluindo a União Europeia e muitas nações ocidentais e a Associação de 10 membros do Sudeste Asiático conhecida como ASEAN, que inclui Myanmar.

Um diplomata da ONU disse que havia um acordo com a ASEAN para um consenso, mas na votação os seus membros dividiram-se, com alguns, incluindo a Indonésia e Vietname a votar "sim” e outros, incluindo Tailândia e Laos, a optarem pela abstenção.

A resolução não obteve o apoio esmagador que os seus apoiantes desejavam, mas a acção da Assembleia Geral da ONU, embora não seja legalmente vinculativa, reflecte a condenação internacional do golpe de Fevereiro que tirou o partido de Aung San Suu Kyi do poder, colocando-a na prisão junto de muitos líderes do governo e políticos.


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