Política

Diálogo em Paris com Blair

César Esteves

Jornalista

O Presidente da República, João Lourenço, encontrou-se ontem, em Paris, com o antigo Primeiro-Ministro do Reino Unido da Grã-Bretanha Tony Blair, com quem abordou assuntos de interesse bilateral.

20/05/2021  Última atualização 07H45
O processo de vacinação em curso no país e o acesso às vacinas foi um dos assuntos abordados © Fotografia por: Dombele Bernardo | Edições Novembro | Paris
A audiência, em privado, um dia depois da Cimeira França-África, durou cerca de uma hora. João Lourenço e Tony Blair deram prosseguimento ao diálogo permanente que o Instituto britânico para a Mudança Global tem vindo a manter com os países com os quais coopera, de forma a ajustar as possibilidades de apoio e as prioridades dos governos. O processo de vacinação em curso no país e a necessidade de maior acesso às vacinas foram outros temas abordados no encontro.
Tratou-se da segunda vez, em menos de dois meses, que o Presidente João Lourenço esteve com o antigo Primeiro-Ministro britânico. O último encontro aconteceu em Março último, por vídeo-conferência, no qual a abordagem esteve centrada na pandemia da Covid-19.


Em Março de 2019, o antigo Primeiro-Ministro britânico enfatizou o facto de o Presidente João Lourenço estar a tomar decisões necessárias para gerar mudanças no país. Ao falar à imprensa, no termo de uma audiência que lhe foi concedida, em Luanda, pelo Chefe de Estado angolano, Blair, que se deslocou à capital angolana em representação do seu Instituto para a Mudança Global, sublinhou o facto de Angola ser, hoje, um actor "bastante importante no contexto africano”.
"Tivemos este primeiro encontro com o Presidente da República, para falar dos passos importantes que estão a ser dados em prol do crescimento económico”, disse, na altura, Tony Blair, para quem João Lourenço é um "Presidente bastante ambicioso e, com isso, a comunidade internacional cria também bastante interesse em Angola”.

O Instituto para Mudança Global opera em vários países, principalmente naqueles em reformas e mudanças de paradigmas, como é o caso de Angola. A instituição tem projectos em 14 países africanos, a fim de os ajudar a tirar melhor partido da globalização. O Instituto disponibiliza, através de programas de cooperação, consultores para trabalhar com os governos, de modo a ajudá-los a implementar as próprias visões para o desenvolvimento.
Uma das características do Instituto é cooperar com governos em processo de mudanças e reformas. No caso específico de Angola, o Instituto Tony Blair manifestou o interesse em querer cooperar em matéria de globalização e implementação de uma visão de desenvolvimento económico e social, que respeite as próprias idiossincrasias e contextos.

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