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Directora de escola detida

A directora interina da Escola de Formação de Técnicos de Saúde do Lubango, Deolinda Lélis, 51 anos, e a sócio-gerente da empresa Gosplan-Serviços e Comércio, Teresa Nebrasca, 45 anos, foram detidas, pelas autoridades judiciais, acusadas de descaminho de dinheiro que lesou o Estado angolano.ial.

14/02/2021  Última atualização 13H03
Escola de Formação de Técnicos de Saúde do Lubango © Fotografia por: Edições Novembro
O procurador-geral da República na Huíla, Gabriel Custódio, explicou que a detenção preventiva das duas mulheres  tem a ver com a acusação do Ministério Público (MP) de peculato, associação criminosa, participação económica em negócios e tráfico de influências.
Ao se referir concretamente sobre a directora interina da Escola de Formação de Técnicos de Saúde do Lubango, Deolinda Lélis, o magistrado do Ministério Público disse que constam também crimes de violação de normas de execução do orçamento e branqueamento de capitais.

"O uso de fundos públicos com destino diferente daquele para o qual o valor foi alocado consta da acusação”, disse, tendo reafirmado que decorrem acções para apurar a quantia exacta a ser divulgada em tempo oportuno.
Acrescentou que os valores desviados foram cabimentados com o propósito de cobrirem diversos serviços no estabelecimento de ensino de enfermeiros, assim como o uso pessoal indevido de uma viatura pertencente a escola.

 Segundo o procurador-geral da República na Huíla, a detenção de Teresa Nebrasca aconteceu na semana finda, na província de Luanda, onde residia, sob mandato de captura, no âmbito do processo que envolve o director municipal de Infra-Estruturas, Ordenamento do Território e Habitação da Administração do Lubango, Tchitengueleka Huambo.
"Está em causa um montante estimado em 243 milhões de kwanzas, alocados pelo Estado, no âmbito da materialização dos programas de Combate à Pobreza, de Investimentos Públicos e do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), a serem apurados em sede da instrução”, disse.

Na Huíla, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem sob sua alçada 197 processos de crimes económicos em instrução preparatória, com o envolvimento de antigos e novos gestores públicos. O órgão, recebeu no passado mês de Janeiro, oito denúncias relacionadas com crimes financeiros, tendo culminado já com duas detenções.

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