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Disparos foram ouvidos junto ao projecto de gás

A vila de Palma, em Cabo Delgado, estava, ontem, à tarde, sob tiroteio e a população estava em fuga, disseram à Lusa diferentes fontes que estiveram em comunicação com a sede do distrito, que acolhe os projectos de gás no Norte de Moçambique.

25/03/2021  Última atualização 10H36
Disparos causaram a fuga da maioria da população da vila © Fotografia por: DR
Na vila ouviam-se disparos de metralhadora e a população estava em fuga, após informações da entrada de grupos armados a partir de dois locais, no lado Sul que dá acesso à Mocímboa da Praia e em bairros de Palma na ligação para Nhica do Rovuma.
Segundo uma das fontes, os contactos deixaram de funcionar pouco tempo depois dos primeiros telefonemas que davam conta da situação, pelo que são conhecidos poucos detalhes sobre o assunto.

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas mantêm forte presença em Palma, acrescentou.
Outra fonte em contacto com Palma indicou que alguns estabelecimentos foram  assaltados. Uma outra confirmou a fuga da população e deu conta de que havia helicópteros a sobrevoar a vila.
A Lusa tentou obter informação junto das Forças de Defesa e Segurança (FDS), mas sem sucesso.

A instabilidade em Palma surge no dia em que o Governo moçambicano e a petrolífera Total anunciaram a retoma gradual das obras do complexo industrial de Afungi, adjacente à vila de Palma, após o reforço das condições de segurança.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

Algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo "jihadista” Estado Islâmico entre Junho de 2019 e Novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.

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