Sociedade

Dívida acumulada com a Junta Médica em Portugal é de sete milhões de euros

Xavier António

Jornalista

A dívida acumulada que o Ministério da Saúde tem com a Junta Médica em Portugal é de sete milhões de euros, afirmou a ministra da Saúde. Sílvia Lutucuta.

31/01/2021  Última atualização 10H16
Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta © Fotografia por: Kindala Manuel| Edições Novembro
Sílvia Lutucuta esclareceu que parte desta dívida acumulada já está paga, um compromisso que o  Executivo tem estado a cumprir para atender os prestadores de serviços, doentes e unidades sanitárias em terras lusas.
A governante que falava ontem, em Luanda, aos jornalistas, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), referiu ainda que há outras questões administrativas ligadas aos impostos que poderão ser pagas dentro da lei.

Regresso de 50 pessoas

Segundo a ministra da Saúde, na altura em o seu pelouro esteve a trabalhar em Portugal, estavam contabilizadas 385 pessoas, das quais 245 doentes e restantes acompanhantes. "Desde Outubro último já regressaram ao país 50 pessoas”, sublinhou.
Algumas pessoas que já têm alta médica em Portugal, segundo Sílvia Lutucuta, não querem regressar ao país, "mas já não estão sob responsabilidade do nosso sector da Saúde e se mantêm lá por sua conta e risco”.

Em função da situação epidemiológica mundial, em particular em Portugal, Sílvia Lutucuta defende que estas pessoas devem regressar de modo a não serem mais um peso para o sistema nacional de saúde daquele país europeu, que já se encontra muito pressionado em função da Covid-19.
Por outro lado, a ministra da Saúde garantiu que estão criadas todas as condições, com destaque para os bilhetes de passagem, para que estes angolanos possam regressar à Pátria.

Situação epidemiológica

O número de casos confirmados de Covid-19 no país, subiu, ontem, para 19.782 desde Março último, com o registo de mais 59 infecções. As infecções foram registadas nas províncias de Luanda (41), Huambo (4), Bié (4), Cabinda (4), Zaire (4) e Moxico (1). Os casos positivos têm idades entre 10 e 74 anos, sendo 31 do sexo masculino e 28 do sexo feminino.
De acordo com dados divulgados pela Direcção Nacional de Saúde Pública, não foi reportada nenhuma morte, mantendo os 464 óbitos. No mesmo período, foram recuperadas 97 pessoas, das quais 93 em Luanda, duas no Bié e igual número na Lunda-Sul, totalizando agora  18.015.

Há ainda 1.303 casos activos, sendo seis críticos, nove graves, 92 moderados , 90 leves e 1.106 assintomáticos. Há também 197 doentes internados nas unidades de tratamento em todo o país. Nas últimas 24 horas, os laboratórios processaram 1.622 amostras por RT-PCR e o cumulativo aponta para 360. 048 amostras até à data, dando uma taxa de positividade de 5,5 por cento.


Mais três angolanos morrem em Portugal

Mais três cidadãos angolanos morreram, ontem, vítimas da Covid-19 em Portugal, outros tantos testaram positivo e dois estão já recuperados da doença, tendo regressado às suas habitações.Deste modo, até agora, registaram-se em Portugal 121 casos confirmados de Covid-19 entre a comunidade angolana. Destes, 21 continuam activos e 87 recuperaram, havendo ainda a referir a ocorrência de 13 óbitos.

Ontem, Portugal registou mais 293 mortes e 12.435 novos casos da Covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Os óbitos registaram uma ligeira subida em relação a sexta-feira (mais 15). Tratou-se de um dos piores dias da pandemia — o mesmo valor foi registado a 27 de Janeiro e apenas superado a 28 de Janeiro, quando foram confirmadas 303 mortes. O número total de óbitos no país europeu é agora superior a 12 mil (12.179).

Em relação aos casos, trata-se da segunda descida em dois dias, mas o suficiente para o total ultrapassar os 711 mil (711.018) e para ser o sétimo pior dia desde o início da pandemia. Há agora 6.544 pessoas internadas - menos 83 que nas 24 horas anteriores - e mais 37 doentes em cuidados intensivos, para um novo máximo de 843. Nesta altura há 179.939 casos activos da Covid-19 em Portugal.

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