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Doentes de tuberculose abandonam tratamento

Pelo menos, 70 doentes de tuberculose, num total de 859 novos casos, registados durante o primeiro trimestre do ano, na província do Bié, abandonaram o tratamento, referem dados apresentados ontem pelo chefe de departamento local de Saúde Pública e Controlo de Endemias.

23/05/2021  Última atualização 10H21
© Fotografia por: Rafael Tati | Edições Novembro

Isaías Cambissa esclareceu que os registos de abandono ao tratamento por doentes com tuberculose está ligado ao longo tempo para a recuperação e eliminação total do vírus, bem como a distância entre as unidades sanitárias e a residência dos pacientes.
O chefe de Departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias avançou que os casos da doença estão a aumentar na província, se comparados ao ano anterior, embora sem avançar estatísticas. Mas, explicou que o uso excessivo de bebidas alcoólicas, as condições sociais e outras doenças oportunistas são as principais causas do elevado número da tuberculose no Bié.


Sem especificar o número de pacientes por localidade, Isaías Cambissa disse que o município do Cuito continua a ser a localidade com maior número de pacientes com tuberculose.
Explicou que o tratamento da tuberculose é demorado, uma vez que pode levar mais de oito meses, mas é eficaz quando o doente cumpre outras medidas além da toma dos comprimidos.  "A alimentação e o não uso de bebidas alcoólicas e de tabaco são fundamentais”, disse.

Em relação à oncocercose, conhecida por "cegueira dos rios”, o médico revelou que a província não registou novos casos. Mas, salientou que existe uma atenção especial no controlo da doença com a intervenção de uma equipa multissectorial.
Isaías Cambissa referiu que os municípios de Nharea e Andulo são as zonas mais propensas ao surgimento de casos da oncocercose.

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