Luísa Rogério explicou, durante o VI Congresso Ordinário do SJA, que decorreu nas instalações do CEFOJOR (Centro de Formação de Jornalistas), que o adiamento se deveu apenas a uma questão de tempo.
Apesar disso, no Congresso, em que os delegados das 18 províncias do país deveriam reconduzir ao cargo o secretário-geral cessante, Teixeira Cândido, todos os demais pontos discutidos foram aprovados.
Em conversa telefónica, Luísa Rogério esclareceu que o relatório de actividades, tal como o financeiro, foi  aprovado com reservas devido à falta de parecer do Conselho Fiscal.


Para ocupar o cargo de secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido era o único que tinha apresentado lista de candidatura, até ao dia 14 deste mês, o que garanteria que o mesmo fosse ontem reeleito para  um novo mandato de quatro anos.
No acto de abertura da actividade, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, considerou o VI Congresso do SJA uma oportunidade de reforço e de ampliação da relação com as empresas do sector.


Por isso, o ministro augura que hajam deliberações e correcções dos erros que dificultam a realização de uma actividade jornalística digna, de rigor, isenção e de responsabilidade.
Manuel Homem fez saber que o Executivo tem estado a implementar programas de reforço da classe jornalística angolana, que se tem pautado pelo diálogo permanente com as distintas associações profissionais, com destaque para o SJA, no sentido de um melhor desempenho da Comunicação Social no país.


O ministro realçou  que se tem prestado melhor apoio ao Sindicato, no tratamento e concretização de questões do interesse da classe e das empresas do sector na promoção inclusiva do Pacote Legislativo da Comunicação Social, para torná-lo mais actual, actuante e melhor alinhado à realidade do país.
Disse que, no caso concreto do SJA, associação socioprofissional fundada em Março de 1992, tem sido possível a concretização de vários projectos e acções, alguns geridos por outras agremiações de profissionais que não o Sindicato.
 
Relação com a classe
Entre essas acções, o ministro Manuel Homem sublinhou a reactivação e a implementação do Programa do Qualificador Profissional nas empresas públicas de Comunicação Social e o compromisso da continuação em garantir o apoio à Comissão da Carteira e Ética no processo de emissão das carteiras profissionais dos jornalistas.
Manuel Homem destacou, igualmente, a parceria com o Cefojor, onde se deu início e se ampliou a oferta formativa do sector, capaz de melhorar o desempenho das empresas de Comunicação Social e dos próprios jornalistas, conferindo-lhes melhores habilidades de trabalho.


O ministro reconheceu que o associativismo, essencialmente na Comunicação Social, não apenas em Angola mas em todo o mundo, desenvolve-se no quadro jurídico, económico, sociopolítico, tecnológico, comportamental bastante complexo e desafiante, onde a transição de direitos entre limites e liberdades põem à prova a capacidade de relacionamento de negociação entre as distintas partes interessadas.


Para o governante, faz sentido aproveitar aquele importante evento, para elencar alguns princípios que, certamente, contribuirão para o desempenho positivo das associações profissionais da classe, com destaque para a necessidade da adesão voluntária às associações profissionais.


Manuel Homem defendeu, ainda, uma autonomia independente das associações, a gestão baseada na democracia, necessidade de informar, comunicar e formar os associados de forma permanente e com rigor, bem como a interacção contínua entre os membros, a relação e colaboração com a sociedade e com o poder público.


Augusto Cuteta e Alberto Quiluta