Economia

Endiama perde dois milhões de quilates

A diamantífera estatal angolana, Endiama, registou uma perda de produção de dois milhões de quilates em 2020, devido aos efeitos económicos da pandemia da Covid-19 que assola o mundo desde Dezembro de 2019, anunciou o presidente do Conselho de Administração em vésperas no 40º aniversário da companhia, que hoje se assinala.

14/01/2021  Última atualização 20H15
© Fotografia por: DR
Ganga Júnior afirmou, citado pela Angop no programa "Grande Entrevista”, da TPA, que as perdas representam 400 milhões de dólares, o que levou a entradas de apenas mil.

O gestor declarou que, naquele período, "só não se registaram perdas porque a indústria trabalha cada vez mais com a dinâmica de retoma desde 2020”, graças à estratégia adoptada de diminuir o pessoal em razão das restrições impostas pelas medidas de contenção da Covid-19, sem paralisar a produção.

Grande parte do investimento no sector diamantífero angolano, segundo o líder da Endiama, é de origem estrangeira, mas, avançou, o país pode tornar-se no terceiro maior produtor de diamantes do mundo, a julgar pela dinâmica existente, bem como às potencialidades em províncias como Malanje e Uíge, além de várias outras.

Catoca continua a ser o projecto mais emblemático e rentável, tendo em conta que  produz 80 por cento dos diamantes extraídos no país, mercê da organização, estrutura e meios técnicos disponíveis naquela empresa. Actualmente, existem 260 cooperativas de exploração artesanal de diamantes, contra as 750 que operavam em 2017, além de que o garimpo, a exploração ilegal, tende a desaparecer, podendo ser   extinto em dois anos.

A Endiama estabeleceu-se em 1981 como operadora e concessionária nacional do sector diamantífero, até que, no ano passado, o Decreto Presidencial 143/20, instituiu um novo modelo de organização do sector mineiro com a criação da Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRM), que detém agora a função de concessionária.

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