"O congresso seria (apenas) o espaço da festa da família PDP-ANA”, defendeu Manuel Fernandes, quando questionado se o conclave seria a solução para os problemas no partido fundado do Mfulupinga Nlandu Victor. O político garantiu que, da parte da mediação, "tudo está a ser feito para que o congresso - electivo e eventualmente com múltiplas candidaturas - seja um espaço para consolidar a unidade do partido”.

 Até antes da mediação de Manuel Fernandes, uma ala do PDP-ANA encabeçada pelo secretário-geral suspenso Zissala Pululu, acusava o presidente de desviar o dinheiro que o partido recebe, via CASA-CE, para fins pessoais. As acusações foram desmentidas por Simão Makazu, sublinhando que o dinheiro nem sequer chegava para as despesas do partido e que os gastos eram fiscalizados pela coligação.
 Depois de o presidente da CASA-CE ter assumido a mediação para a unidade do PDP-ANA, o clima de crispação passou, assim como os discursos acusatórios.

 O presidente do PDP-ANA, Simão Makazu, e o secretário-geral, Zissala Pululu, que até há bem pouco tempo estavam de costas viradas devido à disputa pela liderança do partido, elogiaram a mediação, que "tudo tem feito para a unidade das partes desavindas”.

A data para o congresso é, por enquanto, o assunto que divide as alas. A mediação defende que o conclave seja realizado em Setembro ou Outubro, horizonte temporal para o qual a direcção legítima do PDP-ANA também parece estar inclinada. A ala de Zissala Pululu defende que seja mais cedo, entre Julho ou Agosto, mas está aberta à proposta da mediação.